A actual lider do PSD, tem centrado as suas críticas ao Governo na política de investimentos anunciada para os próximos anos. De acordo com Manuela Ferreira Leite este Governo tem falhado em demonstrar ao País, e à oposição, donde vêm os recursos financeiros para executar a política anunciada e quais as consequências que tal política tem sobre o endividamento do país, a médio e longo prazo; consequências que, do seu ponto de vista, podem ser desastrosas.
A pergunta que faço é em que medida é que esta posição do PSD coloca uma questão mais técnica que política e desta maneira deixa o governo de mãos livres para executar a política que definiu sem que ela seja debatida. Dito de outra forma, se o Governo demonstrar que a engenharia financeira que fez para os investimentos previstos é boa, isso legitima as suas opções de investimento? Pensamos que não.
A prioridade dada à questão do endividamento deixa em aberto a possibilidade do Governo do Partido Socialista provar ao País, e será fácil, que a maior catástrofe para o futuro de Portugal seria não fazer os investimentos. E, virando a mesa, as consequências, essas sim terríveis, de ter um PSD à frente dos destinos do país que toma a Nuvem por Juno e se preocupa apenas em ter as finanças ordenadas enquanto o País falha a sua última oportunidade de modernização, o que poria de pernas para o ar o debate político.
Do nosso ponto de vista há que colocar primeiro a questão política, isto é, discutir as opções de investimento para o país no Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013 e será no contexto dessa discussão que se devem avaliar as opções de financiamento e as suas consequências para as finanças públicas.
É para este debate que procurarei contribuir em próximos posts.
sábado, 12 de julho de 2008
I. A posição do PSD face à política do actual Governo
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