sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Sempre a subir!


De acordo com o INE, o desemprego em Portugal foi de 10,1% no 4º trimestre de 2009, se comparamos ao longo dos anos verifica-se um crescimento elevado das pessoas e respectivas famílias afectadas por este drama.

Quando comparado com o 4º trimestre de 2001 o valor actual é superior a duas vezes o valor desse ano, sendo neste momento de mais de 560 mil pessoas.

Outro valor a marcar estes dados é a taxa de desemprego de longa duração que já é de 5%, o que significa que metade dos desempregados estão há mais de um ano nesta situação.

Assim como os 22% de desemprego na população jovem são um indicador preocupante.

Também a percentagem da população portuguesa activa é de 52%, o que levanta algumas questões sobre a sustentabilidade da Segurança Social.

Para quando uma discussão séria sobre esta situação?


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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Somos diferentes dos gregos?


Ao ler este artigo, no DN de hoje, reconheci muitos dos problemas de Portugal.

O economista alemão Jens Bastian afirma que "os problemas que a Grécia tem foram criados pelos gregos, e não devemos procurar culpar os outros, sejam as agências de 'rating', seja uma conspiração dos mercados, seja a própria moeda única.

A Grécia tem vivido nos últimos seis anos acima das suas possibilidades, e isso paga-se, mais cedo ou mais tarde".

Os números da crise grega são muito fortes, com o desemprego em 9,8%, com um défice de 12,7 % e com uma dívida pública que ronda os 120 por cento do PIB, muita coisa tem de mudar para conseguirem superar as dificuldades.

Em Portugal, a economia tem valores melhores do que a Grécia, só no desemprego é que estamos iguais, mas se a nossa atitude for igual à dos gregos então vamos pelo mesmo caminho, o do precipício.


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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A falta de exemplo


Num momento de crise, como a actual, espera-se que o estado dê o exemplo.

As notícias revelam que o actual governo nomeou 1361 pessoas em três meses, para os seus gabinetes, uma média de 18 pessoas nomeadas por cada ministro e secretário de estado.

Estas nomeações transformam-se neste gabinete tipo:

1 Chefe de Gabinete

3 Adjuntos do chefe de Gabinete

2 Motoristas

2 Secretárias

5 Assessores

5 Administrativos

O governo devia dar o exemplo ao definir um número reduzido de pessoas por cada gabinete, de forma a se tornar mais eficiente e produtivo, podendo partilhar algumas responsabilidades entre os diferentes gabinetes.


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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

"A Madeira devia ajudar as regiões portuguesas mais pobres".


Hoje, o economista e membro do Conselho de Estado, Vítor Bento, considerou que “a polémica sobre as transferências financeiras para a Madeira é desnecessária, sugerindo que a Madeira devia ajudar as regiões portuguesas mais pobres”.

O argumento para esta afirmação vêm de que "a Madeira tem um rendimento 'per capita' superior a muitas regiões de Portugal, por isso, não consigo perceber o porquê das transferências para a Região”.

Outra das preocupações de Vítor Bento é que Portugal teve nos últimos dez anos a eficiência de capital mais baixa da Europa porque "os investimentos foram mal feitos e geraram endividamento".

Perante este cenário não se entende toda esta discussão à volta das transferências para a Madeira, num orçamento com um deficit superior a 8% e em que o desemprego continua acima dos 10%.

Todas as regiões, todos os serviços e todos os portugueses têm de ajustar os seus orçamentos à realidade do país, não podemos continuar a endividar-nos mais à espera de um milagre.

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