segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Portugueses solidários

As recolhas deste fim-de-semana feitas em Portugal pelos voluntários dos Bancos Alimentares Contra a Fome atingiram 2498 toneladas de alimentos, superando em 30,9 por cento as 1908 toneladas obtidas em Novembro de 2008, anunciou a organização.

“Apesar do clima de profunda crise económica, os portugueses voltaram a dar prova de grande solidariedade e mobilização”, comenta Isabel Jonet, coordenadora dos Bancos Alimentares Contra a Fome, em nota distribuída nesta madrugada à imprensa.

Público


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domingo, 29 de novembro de 2009

Justiça social

Em causa não está a bondade das intenções do novo código contributivo, o problema é a sobrecarga fiscal sobre o tecido mais frágil e desprotegido da sociedade portuguesa em tempos de crise tão severa, os trabalhadores a recibo verde e os pequenos negócios. Suspender a entrada em vigor do código contributivo é uma medida de bom senso e de justiça.

Armando Esteves Pereira, no Correio da Manhã (via Público on-line)



Por outras palavras: se a nossa política económica se resume a um assalto contumaz ao bolso do contribuinte, a oposição fez o favor de a interromper. Um gesto caridoso que devia obrigar o governo a puxar pela cabeça e a mudar de vida. Como? Repensando as suas despesas e a forma como atrapalha ou condiciona a livre criação de riqueza entre nós.

Infelizmente, o governo optou pela lamúria.


João Pereira Coutinho, no Correio da Manhã


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sábado, 28 de novembro de 2009

Catalina Pestana

"O grosso da coluna está cá fora", afirmou ontem Catalina Pestana em entrevista à SIC. Segundo a ex-provedora, não chegaram à barra dos tribunais muitas pessoas que abusaram sexualmente de crianças e jovens alunos daquela instituição de ensino.

"Senti-me magoada quando houve mudança de Governo. Eu que sou assumidamente de esquerda vi um partido de esquerda ignorar o processo (Casa Pia)", disse a ex-provedora, frisando: "Nunca o ministro me perguntou pelo processo." E acrescentou: "Fiquei magoada ao ver um partido que defende valores iguais aos que eu defendo não se preocupar com aquele processo". Instada sobre se chegou a perceber a razão daquele desinteresse, exclamou: "Percebi, mas não explico"


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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

"Portugal está à beira da irrelevância, talvez do desaparecimento"

Excertos de uma entrevista de António Barreto ao jornal i, que vale a pena ler na íntegra:

Parece-me óbvio que há uma falta de empresários, de capitalistas. Será um problema ancestral? Vem da nossa maneira passada de viver e de gastar? Dos desperdícios? Do facto de os ricos portugueses terem vivido à sombra do Estado durante 200, 300 ou 400 anos? De o Estado ter ocupado tudo desde os Descobrimentos? Não quero ir por aí, mas o resultado é este. Há poucos empresários, poucos capitalistas com capitais, as elites são fracas e têm uma noção medíocre do serviço público. É raríssimo encontrar ricos, poderosos, famílias antigas, com um sentimento forte do contributo que podem dar à sociedade. (...)

Porque se fala tanto, há cinco ou seis anos, de um crescendo da propaganda política? Porque a vontade não é que as pessoas participem, mas que se limitem a subscrever, e passivamente. Se se quiser participação, há que respeitar as pessoas, dando-lhes conhecimento, informação e manifestando respeito pelas opiniões contrárias. Participar é isso. Quando não se quer que as pessoas participem faz-se propaganda: exigindo obediência ou impassibilidade. (...)

Estamos à beira de iniciar um percurso para a irrelevância, talvez o desaparecimento, a pobreza certamente. Duas coisas são necessárias para evitar isso. Por um lado, a consciência clara das dificuldades, a noção do endividamento e a certeza de que este caminho está errado. Por outro, a opinião pública consciente. Os poderes só receiam uma coisa: a opinião dos homens livres.


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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Salário Justo.


No dia de ontem do presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, João Costa, sugeriu ao Governo, através do Ministro da Economia, uma nova modalidade salarial para a industria têxtil, a de “passar a pagar 12 meses de salário ao contrario dos actuais 14 meses”, ou seja reduzir o salário dos trabalhadores.

Mas será que ele acredita que é o custo da mão-de-obra que afecta o desenvolvimento do país? Foram os salários dos trabalhadores têxteis que originaram a actual crise?

Aconselho-o a ler o texto do economista João Ferreira do Amaral, publicado em Maio deste ano, no qual avisa que a descida dos salários viria a agravar a situação de muitas famílias e a criar novos desequilíbrios.

Esta opinião baseia-se no facto de que “dado o grande endividamento das famílias e das empresas, uma redução dos salários nominais iria provocar uma redução geral de preços que levaria as dívidas, em termos reais, a subirem e consequentemente a pôr em causa a solvência de muitas famílias e empresas.

Post completo publicado em Razões de Esperança.


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domingo, 22 de novembro de 2009

O Homem não pode viver sem Esperança

Uma excelente passagem do Manifesto Razões de Esperança:

Este olhar optimista é também realista. Soma razão à esperança e pragmatismo ao sonho. Não se situa exclusivamente no ideal, embora lhe reconheça um lugar neste processo. Sabe que para problemas complexos, não há soluções simplistas, nem perfeitas. Que o caminho se faz de pequenos passos. Que a ciência e a técnica acrescentam sempre valor à imaginação e ao voluntarismo. Que a inteligência colectiva é sempre mais eficaz que um brilho solitário.


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Não resisto...

a transcrever aqui esta "Histórinha dos Tempos que Correm" do jcd no Blasfémias:


Era uma vez um condutor de um veículo que ia directo a um precipício mas fazia de contas que não estava a ver. A certa altura, o pendura, avisa-o. “Olha o precipício”. O condutor ignora o aviso e acelera um pouco mais. O pendura volta a avisá-lo. “Cuidado, vamos direitos a um precipício”. O condutor diz. “Sei bem o caminho. É nesta direcção”. Cada vez mais nervoso, ao ver aproximar-se o despenhadeiro, o pendura grita-lhe: “Cuidado, é um precipício”"

E é então que o condutor, já farto da conversa do pendura, põe ordem no veículo: “Bolas, não sabes dizer mais nada? Cala-ta, pá. Que catastrofista. Estás armado em Medina Carreira, ou quê?”


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sábado, 21 de novembro de 2009

Sinais de esperança

Indicados pelo Jorge Marques nos comentários, aqui ficam dois links para notícias sobre pessoas que ultrapassam tudo aquilo que estamos habituados a esperar: Maria do Céu da Conceição e Tererai Trent.

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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Empreendedorismo

Laurinda Alves, que por estes dias está no INSEAD em Fontainebleau a fazer um curso de empreendedorismo social, refere na sua coluna no jornal i um estudo que identifica cinco características dos empreendedores:

  • a capacidade de associar ideias (todo o tipo de ideias, note-se, seja em sequência ou numa lógica disruptiva);
  • a capacidade de fazer perguntas (uma espécie de músculo mental, sobretudo quando treinado a partir da associação de ideias);
  • a capacidade de observar (com detalhe, tempo e paciência, como se fôssemos todos antropólogos sociais);
  • a capacidade de experimentar (aprendendo com os erros, tal como Edison, Einstein e outros);
  • a capacidade de criar redes (a versão original do BlackBerry foi inventada numa conferência, em 87).

Como é que no MEP vamos pondo em prática tudo isto, neste projecto que no fundo é um empreendimento numa das áreas mais difíceis em Portugal?

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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

domingo, 15 de novembro de 2009

O Nelito azarado

Todos nós já tivemos aquele aluno que, por artes mágicas e divinatórias, tem sempre o malfadado azar de aparecer em todas as confusões armadas na sala de aula e arredores. (...)

continue a ler n'A Educação do meu Umbigo


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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Questão educacional e ética

O secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (...) Mário Mendes disse que a corrupção é um problema "sério", mas que, "acima de tudo, é um problema social sério".

"Acho que é perigoso encontrar todos os remédios para a corrupção a jusante, ou seja, no aparelho judiciário", disse ainda, notando que "os remédios [contra a corrupção] têm de ser encontrados antes".

Questionado sobre eventuais medidas preventivas contra a corrupção, Mário Mendes referiu à Lusa que "é muito difícil adoptar medidas" neste domínio porque é "uma questão educacional e ética", sendo aí que o país está a "falhar redondamente".

Público


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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Fadas e duendes

As Previsões do Outono da Comissão Europeia mostram que a situação financeira do país se continua a degradar a um ritmo já insustentável.

(...) os direitos de saque constituídos sobre os impostos futuros (...) já devem exceder os 120% do PIB. E não há indícios de parar.

(...) isto deixa inexoravelmente inscrito no nosso futuro o aumento de impostos e/ou a redução de prestações sociais. E que, além de problemas sociais, isso tornará ainda menos atractivo investir em Portugal, agravando a espiral empobrecedora.

Espanta-me por isso que a esquerda política não tome estas preocupações como suas, porquanto a factura acabará paga, inevitavelmente, pelos mais pobres e desfavorecidos.

Gostava muito que me demonstrassem estar errado, mas sem meter fadas nem duendes.

Vítor Bento, no Económico


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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Crise

Alguma recuperação nos mercados financeiros pode criar a sensação de que a recuperação económica está ao virar da esquina. Infelizmente não é assim. E a vida de muitas pessoas vai ainda complicar-se mais. Como explicar então que a crise saia das preocupações oficiais?

Os portugueses vivem um bloqueio psicológico colectivo pós-eleitoral em relação à crise internacional. Quem o afirma é Rui Serôdio, psicólogo e professor da Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto.


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domingo, 8 de novembro de 2009

Política para todos

(...) Em tempos de conhecidas dificuldades, em que só se fala da crise económica e do desemprego, em que os políticos e a política se encontram profundamente desvalorizados, em que os actos eleitorais são cada vez menos participados e mais ignorados, e em que os laços sociais, a solidariedade e o sentido da colectividade perdem força e sentido a olhos vistos, é urgente inverter esta tendência e impedir que se transforme em mais uma nova clivagem geracional.


Estas palavras são de Jorge Sampaio, na Apresentação do seu "O Meu Livro de Política", ilustrado por Tiago Albuquerque e editado pela Texto.



Trata-se de

(...) um pequeno «conto falado» sobre a política, declinado no modo autobiográfico, num estilo coloquial, destinado a jovens dos 8 aos 14 anos.


e que Jorge Sampaio escreveu


(...) Por dever cívico. Porque quis partilhar com os mais novos uma experiência de vida - a minha - toda dedicada à causa pública; porque lhes quis transmitir uma convicção - a de que a política vale a pena; e, por último, porque os quis despertar para a cidadania, que é onde tudo começa.


Mas não se pense que se destina apenas aos mais jovens


(...) ao fazê-lo, num propósito certo de pedagogia democrática, não é só a este público que me dirijo, pois gostaria também de poder contar, entre os meus leitores, com os seus pais, esse grupo de cidadãos que, provavelmente, no 25 de Abril de 1974, teria aproximadamente a idade que os seus filhos têm hoje (...).


Um dos aspectos de que mais gostei neste livro foi a pedagogia democrática feita com as memórias de quem viveu sob a ditadura anterior a 1974. Quem tem consciência do que foram esses tempos pode não só apreciar a democracia em que vivemos - mesmo com as suas imperfeições - como pode ter consciência da necessidade de proteger a democracia e a liberdade com uma cidadania activa.


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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Tempos conturbados

Resolvi partilhar (com a devida autorização do autor) este mail enviado por um amigo, director geral de uma empresa da área dos químicos e minerais, aos seus colaboradores.

“Tempos conturbados”

Caros colegas,
Desde há alguns anos a esta parte que somos constantemente inundados de novas normas legais aplicadas à(s) nossa(s) actividade(s), directivas comunitárias, regulamentos de todos os tipos e para tudo aquilo que fazemos (REACH, SIRAPA, Movimentos Transfronteiriços, GHS-“Normas Internacionais de Rotulagem”, …), entidades reguladoras e fiscalizadoras (DGV, APA, IGAOT, ASAE, DGF, DGA, BdP,…), e que se traduz, na “pele” (na nossa, claro), a um cem número de práticas e conhecimentos internos (obrigações) que são necessários possuirmos para darmos resposta a todas esta solicitações por parte de todas estas entidades e, obviamente, cumpri-las (ou pelo menos tentar).Longe vai o tempo em que tendo a contabilidade ao dia e pagando atempadamente os respectivos impostos (alguns nem isso faziam), era sinónimo de “estarmos ao dia para com as nossas obrigações”. Infelizmente hoje em dia essa não é a realidade. A Europa (o sonho dessa Europa que nos abriria todas as portas para o crescimento e prosperidade) vem-nos apanhar em contra pé e remeter-nos para aquilo que somos… um país europeu, sim, mas mal preparado para apanhar essa carruagem de um tal de “comboio de alta velocidade” onde viajamos, por analogia com os Indianos das classes mais pobres, no cimo das carruagens (i.e.: na rua e à intempérie) e não dentro das classes conforto ou mesmo turística que seja.Já rotos (literalmente falando) e cansados de levar com tudo (desprotegidos por uma dita “classe” que nos governa e que, alegadamente, deveria zelar pelos nossos interesses), somos forçados a estar ao nível de outros povos europeus, que fruto dos seus governantes que atempadamente souberam apetrechar-se e disponibilizar meios aos seus concidadãos (e empresas):Educação & Conhecimento - resultando em cultura e sentido de responsabilidade e dando-lhes um sentido claro sobre a razão do “Ser Social”, quer no espaço quer no tempo - Infra-estruturas adequadas e facultando um Estado ágil e eficiente, realmente ao serviço das pessoas e não contra estas… somos agora apanhados (também por culpa nossa uma vez que deveríamos saber que a factura um dia chegaria para pagar), neste novelo difícil de desembaraçarmos Não bastava a crise, ainda temos que nos preocupar com todas as outras coisas vindas de Bruxelas e diligentemente transpostas para as nossas Leis, que mais parece pretenderem acabar com o tecido produtivo europeu (pelo menos o que não criou uma dimensão multinacional). Mas é esta a realidade de hoje e não outra! À parte das vendas e dos bons ou maus créditos, o nosso futuro passa por tomarmos as melhores opções face ao que é necessário fazer para que possamos “sobreviver” no tempo enquanto empresa e enquanto pessoas que dela fazem parte…O futuro jamais será igual ao que foi até aqui!... e as Leis e Regulamentos… quer gostemos (que não gostamos!), quer achemos serem uma verdadeira “chatice”, fazem parte do nosso quotidiano e condicionam-nos (felizmente também aos nossos concorrentes e demais “players”…pelo menos assim o esperamos) e, no meu entender, são verdadeiros focos de reais ameaças caso não os encaremos com a seriedade e frontalidade devida.

Como diria Charles Handy:… “O Futuro não é inevitável. Se soubermos como queremos que ele seja, poderemos influenciá-lo”.

João Nogueira Soares


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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

PSD ou MEP?

É impressão minha ou neste artigo Pedro Braz Teixeira está a propor ao PSD que adopte o programa do MEP?

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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Questões fracturantes

Anda agora na baila a questão dos casamentos homossexuais. Diz-se que é uma questão fracturante. E até o pode ser em algumas circunstâncias pelo facto de dividir grupos de outro modo unidos.

Mas no contexto actual creio que se trata de uma manobra de diversão. As manobras de diversão são usadas para desviar a atenção enquanto se ataca por outro lado. Ora o ponto onde este governo vai atacar é nas políticas económicas, sobretudo nas grandes obras e na consolidação orçamental.


Depois de tudo o que tem sido pedido aos portugueses nos últimos anos, o que sucederá quando até o que agora têm lhes for tirado para pagar juros e amortizações de uma dívida gigantesca?

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Sobre os professores

Considerando que:

  • a divisão da carreira docente em duas categorias foi feita com base em critérios injustos;
  • o modelo de avaliação foi repetidamente "simplexificado" por não ser exequível;
  • ambas as medidas foram impostas aos professores de forma humilhante;

creio que ambas as medidas deveriam ser suspensas.

Penso que, já que o PS e o governo continuam cristalizados neste assunto, a ideia de uma união positiva da oposição quanto a estes aspectos seria muito boa, quer para a educação quer para o ambiente político no país.


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Palpite

A postura do PS perante a questão dos professores leva-me a palpitar que este governo vai durar bem menos do que se poderia esperar.

Assim, há que estar muito vigilante no papel da oposição para que os portugueses tenham alternativas credíveis.

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Que contratos? Que valores?

Afinal, quem recebe os ordenados destes médicos? Quem actua como intermediário respeita as condições legais em Portugal? Por que valores se rege o governo em Portugal?

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terça-feira, 3 de novembro de 2009

"Os intocáveis"

O processo Face Oculta deu-me, finalmente, resposta à pergunta que fiz ao ministro da Presidência Pedro Silva Pereira - se no sector do Estado que lhe estava confiado havia ambiente para trocas de favores por dinheiro. Pedro Silva Pereira respondeu-me na altura que a minha pergunta era insultuosa.

Agora, o despacho judicial que descreve a rede de corrupção que abrange o mundo da sucata, executivos da alta finança e agentes do Estado, responde-me ao que Silva Pereira fugiu: Que sim. Havia esse ambiente. (...)

O país tem de saber de tudo porque por cada sucateiro que dá um Mercedes topo de gama a um agente do Estado há 50 famílias desempregadas. É dinheiro público que paga concursos viciados, subornos e sinecuras. Com a lentidão da Justiça e a panóplia de artifícios dilatórios à disposição dos advogados, os silêncios dão aos criminosos tempo. Tempo para que os delitos caiam no esquecimento e a prática de crimes na habituação.

Foi para isso que o primeiro-ministro contribuiu quando, questionado sobre a Face Oculta, respondeu: "O Senhor jornalista devia saber que eu não comento processos judiciais em curso (…)". O "Senhor jornalista" provavelmente já sabia, mas se calhar julgava que Sócrates tinha mudado neste mandato. Armando Vara é seu camarada de partido, seu amigo, foi seu colega de governo e seu companheiro de carteira nessa escola de saber que era a Universidade Independente. Licenciaram-se os dois nas ciências lá disponíveis quase na mesma altura.

Mas sobretudo, Vara geria (de facto ainda gere) milhões em dinheiros públicos. Por esses, Sócrates tem de responder. Tal como tem de responder pelos valores do património nacional que lhe foram e ainda estão confiados e que à força de milhões de libras esterlinas podem ter sido lesados no Freeport.

Face ao que (felizmente) já se sabe sobre as redes de corrupção em Portugal, um chefe de Governo não se pode refugiar no "no comment" a que a Justiça supostamente o obriga, porque a Justiça não o obriga a nada disso. Pelo contrário. Exige-lhe que fale. Que diga que estas práticas não podem ser toleradas e que dê conta do que está a fazer para lhes pôr um fim. Declarações idênticas de não-comentário têm sido produzidas pelo presidente Cavaco Silva sobre o Freeport, sobre Lopes da Mota, sobre o BPN, sobre a SLN, sobre Dias Loureiro, sobre Oliveira Costa e tudo o mais que tem lançado dúvidas sobre a lisura da nossa vida pública. Estes silêncios que variam entre o ameaçador, o irónico e o cínico, estão a dar ao país uma mensagem clara: os agentes do Estado protegem-se uns aos outros com silêncios cúmplices (...).

Lida cá fora a mensagem traduz-se na simplicidade brutal do mais interiorizado conceito em Portugal: nos grandes ninguém toca.

Mário Crespo, no JN, via Ladrões de Bicicletas


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Programa de governo

O XVIII Gverno Constitucional apresentou na Assembleia da República o seu programa. Temos aqui uma base para debate.

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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Democracia política e económica II

A visão de João Rodrigues sobre o trabalho de Ladislau Dowbor. Recordo que João Rodrigues foi um dos convidados a interpelar Dowbor na sua conferência recente em Lisboa.

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MEP no Parlamento

O que faria agora o MEP se tivesse eleito um deputado à Assembleia da República?

Algumas respostas neste artigo do Público. Não confundir com as propostas do MRPP que estão no mesmo artigo :)

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domingo, 1 de novembro de 2009

Influência global

De que é feita a influência global de um país? Porque é que o Reino Unido tem uma influência global superior ao que seria de esperar pela sua dimensão? David Miliband, Foreign Secretary, dá a sua visão neste artigo (em inglês). (via Diogo Vasconcelos no facebook)

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