Comemora-se hoje mais um aniversário do 14 de Julho de 1789, da Tomada da Bastilha e início da Revolução Francesa. Neste dia emergiram e fixaram-se no imaginário de todos nós três ideais, complementares entre si e genericamente aceites por todos: "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" (Liberté, Egalité, Fraternité), frase da autoria de Jean-Jacques Rousseau. Duzentos e dezanove anos depois o ideário está por cumprir em Portugal. Nos tempo que correm é difícil falar de liberdade quando a prisão financeira asfixia tantas famílias portuguesas; é impossível falar de igualdade quando o fosso entre ricos e podres se agudiza em cada ano; é demagógico falar de fraternidade quando a mesa ainda não tem lugar para todos.
Falar de Liberdade, Fraternidade e Igualdade é falar de um projecto para a Humanidade inteira, que só é possível cumprir com políticas concretas, estratégicas e rigorosas. Se acreditarmos, (e acreditamos) que podemos ajudar a concretizar o ideário revolucionário, temos que pensar no mundo como a nossa casa e na nossa casa como sendo o mundo. Hoje, ser livres, fraternos e iguais significa acima de tudo sermos capazes de nos colocar ao serviço do bem comum, ao invés de colocarmos o bem comum ao nosso serviço. Significa seguir uma política de justiça com todos, desafiando aqueles que se julgam impunes e libertando os inocentes de prisões injustas. Significa criar espaço à mesa para os que nela não têm tido lugar e redistribuir a riqueza gerada de um modo mais igualitário. Claro que, para fazer tudo isto, necessitamos de uma revolução: uma revolução de esperança!!! Mas creio que, ao longe, já se ouvem as trombetas...
domingo, 13 de julho de 2008
14 de Julho ou porque precisamos de esperança
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