quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Queremos ser uma geração de incapazes?

Num inquérito Eurobarómetro realizado em Abril último e publicado pela Comissão Europeia, os Portugueses disseram maioritariamente (53%) que terão condições de vida piores daqui a duas décadas. Com tanto pessimismo por parte dos meus compatriotas, eu só tenho uma certeza: a situação estará pior porque o pessimismo nunca trouxe alegrias e só trouxe desgraças. Como dizia o Winston Churchill, primeiro-ministro inglês que enfrentou e ajudou a derrotar o nazismo durante a 2ª Guerra Mundial, "o pessimista vê dificuldades em todas as oportunidades; o optimista vê oportunidades em todas as dificuldades"
Agora eu pergunto-me porque é que a nossa geração não pensa que pode ter perspectivas de vida melhores para eles e para o País. Qual é a diferença entre nós e os nossos gloriosos antepassados que ultrapassaram com sucesso, crises piores que a nossa, como por exemplo, perda de soberania, guerras de independências, o terramoto de 1755, invasðes, guerra civil, ultimato, bancarrota, entre outras? Porque é que havemos de sermos uma geração de incapazes? Para ser sincero, eu não conheço a resposta.
Eu não quero fazer parte desta geração de incapazes e de resignados. Por isso, eu sou militante do MEP, o partido da esperança que pensa que melhor é possível. Eu acredito plenamente em cada letra quando canto A Portuguesa, o nosso hino nacional. Eu acredito que somos uns heróis do mar, um nobre povo, uma Nação valente e imortal e que quer levantar de novo o esplendor de Portugal. Eu sinto a voz dos meus egrégios avós que há-de guiar-me à vitória. Eu quero lutar pela Pátria sobre a terra e sobre o mar. Pensa nisso cada vez que cantar o nosso hino. Por informação, A Portuguesa, composta em 1890 por Henrique Lopes de Mendonça e Alfredo Keil, filho de um imigrante alemão, logo após o humilhante ultimato britânico, foi uma resposta e um apelo a luta e a ir em frente.

Só a luta e o optimismo nos trará alegrias e vidas melhores. O povo unido e lutador, vencerá. Não podemos estar sempre a espera do Governo para mudar e resolver tudo. Como dizia o grande presidente americano John F. Kennedy, "não podemos estar sempre a perguntar o que o país pode fazer por nós, mas também o que nós podemos fazer pelo país".

2 comentários:

tiago_f disse...

CRIATIVIDADE. Esta é, na minha opinião, a palavra-chave que falta para aqueles 53% da população que disseram que terão piores condiçoes de vida daqui a duas décadas.Quando digo criatividade, digo sentimento de capacidade para mudar a realidade para melhor. Estas pessoas sentem-se incapazes de mudar a sua própria realidade, e o medo é uma das causas. Medo causado por aquilo com que alimentam os seus cerebros. Os jornais, telejornais e a religião (a questão do pecado e da culpa), são os que mais contribuem para o sentimento de incapacidade, inferioridade, medo, etc. O que é que se vê nas noticias? Crimes, atentados, crise económica, corrupção, más políticas, etc. Como é que se muda isto? Criando sentimentos de capacidade criativa, nas escolas por exemplo, através da valorização das disciplinas relacionadas com a criatividade. Mais Criatividade, passa tambem por valorizar as artes e os artistas, dando-lhes mais espaço de intervenção na sociedade, coisa que não acontece neste País.
Um povo criativo tem a flexibilidade e a capacidade de inovação necessarias para mudar as coisas para melhor. Tudo isto vai dar, uma vez mais á EDUCAÇÃO, que é o que está a falhar.

Dias, o Grande disse...

Concordo com o que foi dito. Reforço a ideia que o cerne de toda a questão está na Educação: Na valorização da Escola, enquanto espaço de aprendizagem, mas também de lazer, pois no lazer também se aprende, nomeadamente a ser criativo. Mas infelizmente, os nossos politicos brindam-nos, uma vez no poder, com tentativas de deixar "marca". E nada melhor do que a Educação para deixar marca, pois todos temos qualquer relação com a Escola, seja pelo tempo (saudoso...)que lá andámos, seja por termos filhos na escola. Mas quantos de nós investimos de facto na Escola e na Educação dos nossos filhos? Quantos de nós vamos regularmente à escola e não apenas quando as coisas correm mal? Quantos de nós propomos medidas concretas nas escolas, agimos como membros activos da comunidade escolar, exigimos, mas também damos o nosso contributo? Seremos poucos certamente....Daí não me espantar esse número, 53%! Penso até que peca por escasso! Invistamos na Escola, na Educação (a sério, não para entreter...), e garantidamente teremos crianças mais responsáveis, jovens mais conhecedores e adultos mais interventivos! Tudo o resto, continuará a ser folclore!