O nosso líder falou uma vez de algo a que chamou “mentalidade de condomínio fechado” e isso marcou-me muito.
Cada vez sinto mais que as pessoas vivem no singular e esquecem-se que as coisas só fazem sentido quando divididas com os outros. Esquecem-se que aquilo que tem valor é o que é sentido e vivido no plural e que quanto mais damos aos outros mais temos para dar.
Hoje entristece-me ver as pessoas a viverem avulso, a pensarem sempre na primeira pessoa do singular e a esquecerem que a nossa essência é viver e sentir em grupo.
Há pouco tempo soube de uma pessoa que foi agredida dentro de um meio de transporte público, à hora de ponta, e ninguém pestanejou para a ajudar ou simplesmente para a consolar. Pergunto-me se as pessoas se esquecem do bom que é chegar a casa e ter conhecido alguém novo? Deitarmo-nos à noite e saber que alguém nos sorriu e que não nos vai esquecer por termos contribuído para melhorar o seu dia? Saber que em momentos de aflição apareceu quem nos ajudasse a ultrapassá-los?
Acredito que todos aqueles que param para nos ajudar a levantar quando tropeçamos, que nos indicam o caminho com toda a paciência quando estamos perdidos, que nos perguntam se estamos bem , nos sorriem dentro do metro e param para nos mudar o pneu do carro, se sentem tão grandes e tão no auge da sua humanidade.
Foi este pensamento que me chamou para o MEP porque além de eu saber que melhor é realmente possível, sei que em grupo posso contribuir de uma forma muito mais forte. E sei principalmente que a politica é de todos, que Portugal é de todos e que temos sempre de pensar no plural porque aquilo que somos é composto por todas as pessoas que cruzam os nossos dias. E, por isso, o mais importante da minha vida são as pessoas e o seu bem-estar e é nelas que acredito.
Inês Teixeira-Botelho
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
“Mentalidade de condomínio fechado”
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