quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Uma vitória da esperança...

por Nelson Gomes


[Foto daqui]


Tal como era o desejo de muitas pessoas que acreditam que melhor do que a administração Bush é possível, preciso, urgente e até praticamente inevitável, Barack Obama venceu as eleições presidenciais americanas entrando directamente para a História por razões de todos conhecidas.

Concordemos nós ou não com algumas das suas características peculiares, não deixa de ser verdade que o sistema democrático norte-americano constitui um dos mais sólidos exemplos da Democracia saindo até reforçado destas eleições (ao contrário do que sucedeu com a disputa Al Gore/George W. Bush). E é precisamente a força da Democracia americana que torna tão eloquente o significado da vitória de Obama e do seu projecto de esperança. A vitória da esperança nos EUA, numa conjuntura desfavorável a tal sentimento, constitui mais um incentivo para quem, por esse mundo fora, se nega a desistir, se recusa a aceitar a descrença e rejeita o conformismo.

Lendo o discurso de vitória de Obama, é fácil traçar alguns paralelismos entre as suas palavras e a política da Esperança personificada em Portugal pelo MEP. Mas para além da mensagem de esperança, merecem-me referência os seguintes aspectos que se manifestaram nestas eleições e/ou no discurso do candidato democrata:

- a mobilização dos eleitores, e particularmente dos jovens, no processo eleitoral, contrariando uma tendência de distanciamento gradual entre os cidadãos e a política;
- o apelo à responsabilidade e ao empenho de cada indivíduo na construção do futuro
- a dignidade de vencedor e vencido nas referências pós-eleitorais um ao outro;
- a afirmação do poder como instrumento/oportunidade para concretizar a mudança e não como um fim;
- o apelo à construção partilhada em vez de uma oposição divisora.

Já várias vezes na História, a esperança da Europa começou do outro lado do Atlântico. Por que não repetir mais uma vez?
Com a ajuda do MEP!

2 comentários:

Anónimo disse...

Força Nelson, força MEP...
Vozes como as vossas urgem de se ouvir!

Anónimo disse...

Sim! Sim à esperança!
Porque não seguir os bons exemplos?
Vamos a isso!