domingo, 24 de agosto de 2008

Portugal no contexto global


Há fortes razões de esperança para acreditar que Portugal pode desempenhar relevante papel à escala global. Sabemos, também, É Possível fazer Melhor.

As razões de esperança surgem nos mais diversos domínios: desporto (que não é apenas futebol), investigação, política, economia, arquitectura, cultura... Todos podemos identificar portugueses que são reconhecidos à escala global, pelo menos nas áreas em que actuam: Figo e Cristiano Ronaldo; Durão Barroso, António Guterres e Mário Soares; António Sobrinho Simões e Manuel Damásio; José Saramago, Siza Vieira e Paula Rêgo. Cada um recordar-se-á de outros tantos “portugueses globais”, podendo mesmo discordar dos exemplos dados. Pois bem, esse exercício de sã discordância reforça ainda mais a ideia inicial: há razões de esperança para acreditar que estes e muitos outros portugueses podem contribuir para um Portugal mais activo à escala global.

Importa, pois, continuar a promover e apoiar, sob uma política de promoção externa que agregue todas as iniciativas sectoriais levadas a cabo por diferentes ministérios e organismos, o que de melhor fazem os portugueses à escala global. Não será difícil, nem inovador (uma vez que já existe noutros países), promover Portugal nas suas múltiplas facetas à escala global. É importante continuar a apostar em grandes campanhas de marketing e eventos internacionais organizados por Portugal (a Expo 98 e o Euro 2004 foram bons para Portugal). Mas, é também importante saber gastar melhor, desenvolvendo maiores sinergias, concentrando apoios e evitando desperdícios.

Pode o Luís Figo ajudar na recandidatura de Durão Barroso a um segundo mandato em Bruxelas? Ou José Saramago promover o estreitamento das relações económicas entre Portugal e a América Latina? Os exemplos servem apenas como tal. É necessário olhar para o que se fez bem e procurar fazer melhor quebrando preconceitos e estereótipos.

Portugal pode e deve também criar condições para tirar proveito de fenómenos que se produzem actualmente à escala global, como seja a crescente mobilidade e as tendências demográficas (leia-se, o envelhecimento da população). A primeira contribuirá para o desenvolvimento do sector do Turismo em Portugal que continua a oferecer excelentes condições em termos de diversidade e qualidade. Todavia, é necessário promover uma cultura de rigor na forma como cuidamos e tratamos do nosso País. E, já agora, da forma como recebemos os nossos visitantes.

Por outro lado, o envelhecimento da população e a subsequente crescente procura de cuidados de saúde, representam importantes desafios ao desenvolvimento do sector da Saúde em Portugal.

Não faltam, pois, razões de esperança e condições para poder dizer que “Melhor é Possível”.

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