sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Que "Novas Oportunidades"?

Uma das notícias de abertura dos Noticiários desta manhã, era relativa ao programa Novas Oportunidades".
De acordo o Público, "Mais de 90 mil portugueses dos quase 450 mil que se inscreveram no programa Novas Oportunidades obtiveram certificação ao nível do ensino básico e secundário. Desde o início de 2007 até 31 de Agosto já se inscreveram 447.774 adultos nos centros de Novas Oportunidades, 92.351 já obtiveram certificados e destes, mais de quatro mil foram de nível secundário.".
Os números, não sendo óptimos, dado o objectivo de certificar 1 milhão de pessoas até 2010, são pelo menos encorajadores.
Mas a questão é mais profunda...é que estes números dizem pouco sobre os reais efeitos que o programa produziu, sendo que afinal de contas, a certificação das pessoas não deveria ser um fim em si, mas um meio para que possam alcançar qualquer coisa mais: melhores empregos, maiores salários, ingressar em cursos superiores...
Por isso, o que eu gostava mesmo mesmo de saber era qual o impacto que estes 92.351 sentiram nas suas vidas, para além do gozo pessoal desta conquista (que tem valor e mérito)...Isso poderia ser uma (boa) notícia.

5 comentários:

Dias, o Grande disse...

Sou formador NO. Antes de entrar no processo, e pk n o conhecia, era mto critico. Acreditava nos facilitismos...agora vejo a coisa de maneira diametralmente diferente. Existe seriedade e exigência. Acredito k os efeitos práticos sejam pouco visiveis. E a culpa será dos mesmos do costume (situação económica, baixa escolarização, governo, professores, etc...). Mas acredito k algo se ganha, qdo vejo formandos, k com muito sacrificio pessoal, conseguiram atingir os objectivos a k se propuseram. E isso para eles é uma mais valia. Mais n seja na sua auto-estima. E como estamos carentes disso agora...Ab

Ana Rita Bessa disse...

Obrigada pelo seu comentário.Concordo consigo, e não menosprezo nada o impacto pessoal de uma conquista como esta.
No entanto, acredito que a avaliação do impacto real de uma medida política, deveria ser feita face ao ao seu objectivo inicial que não se esgotará na dimensão pessoal. E ficaria feliz com a mediatização deste "sucesso", se tivessemos acesso a dados realistas para o fazer.

Anónimo disse...

Já o disse noutros contextos: uma determinada política não pode ser condenada apenas porque se conhecem alguns maus exemplos. Acompanho a ideia que estas NO são muito positivas. O regresso de muitas pessoas ao exercício do saber já por si é de louvar. Mas verdadeiramente interessente é esse elevar da auto-estima daqueles cujo saber se engrandeceu (mesmo que alguns nisso diagnostiquem sempre uma certa mediocridade). Uma política, na sua essência, deve contribuir para a felecidade dos seus destinatários. Se esse fosse o único objectivo estou em crer que estava atingido. Em qualquer caso, uma vez que identifica dificuldade de acesso aos dados sobre o programa, bata-se pela sua procura e acesso. Esse também é um excelente exercício...
LCS

diconvergenciablog disse...

A questão é simples, se uns estudaram 12º anos outros tb tem que estudar 12 anos. Já pensaram que é injusto para quem estudou (como eu) com muitos sacrificios e, agora o ESTADO oferece os graus de ensino?

diconvergenciablog disse...

Pode ser dificil, etc, podem cumprir com os objectivos.. mas 12 anos sao 12 anos...
Deviam dar equivalencia a quem realmente andou 12 anos a 24 e assim darem aos outros os 12..
Brincadeiras..