sábado, 14 de fevereiro de 2009

O que se pretende

No MEP queremos ser a voz da sociedade civil. Queremos ouvir, mais do que falar. Queremos estar próximos do conhecimento que as pessoas têm da realidade e das soluções que propõem.

3 comentários:

Anónimo disse...

João José Fernandes, Director Executivo da OIKOS - Cooperação ao Desenvolvimento, comentou sobre alguns problemas das instituições da sociedade cívil como a falta de transparência em relação a accountability: "Não só na apresentação de contas mas qual a razão dessas intituições existirem? Quais é que são as regras de jogo com as outras organizações e cidadãos?". Apontou como uma lacuna no terceiro sector e responsabilizou o estado pelo enquadramento júridico deficiente das instituições sociais. Criticou também a pobreza das alianças multisectoriais: "não querem reconhecer os interesses e colocar em cima da mesa". Fez a proposta de se criarem fundos de investimento ético, que tenham retorno social e financeiro.

Anónimo disse...

Pedro Sotto Mayor, responsável pelo MSV, www.msv.pt, falou sobre as dinâmicas de parceria no trabalho em rede na intervenção social com os sem abrigo. Em conjunto com várias instituições criaram um grupo de reflexão que serviu para "não para se imporem saberes mas para debater temas e encontrarem dinamicas e experiencias comuns de melhorar a pratica no terreno."
Concorda com a ideia das IPSS serem particulares e do estado não investir a 100% nas mesmas "mas em certos casos dado a ser constatado no terreno carencias sociais, o estado deve ser obrigado a intervir. Não conseguindo tem a obrigação em delegar nestas instituições. A função do estado deveria ser a monitorização e avaliação do trabalho destas instituições. Existem cerca de 4500 e será que devem existir, serão necessárias estas todas? Reformular ou terminar estas instituições deve ser uma acção do estado."

Anónimo disse...

André Jorge, responsável do JRS comentou que o crescimento da instituição levou a hipotecar alguma liberdade. "Esta, perdida devido aos protocolos com o governo nas politicas de emigração ficando limitados na capacidade de advocacy."
André sente a mesma angustia que está espelhada nas instituições sociais como por exemplo a dependencia dos fundos. Utilizou o balance score card, uma ferramenta de gestão, do qual tirou os desafios de futuro das instituições sociais: "Será que criamos valor para os nossos beneficiários?; as equipas de trabalho estão mais burocratizados e conseguimos comunicar eficientemente?; a dimensão financeira pois as instituições vivem problemas graves desta matéria. Como ir buscar apoios financeiros não publicos? Por exemplo temos um conjunto de 3 cozinheiros, tunisino, indiano e chinês onde pensamos que poderia ser uma oportunidade de criar o negócio?; aprendizagem do crescimento, como podemos fazer melhor? Crescer não é insuflar mas sim focar e até cortar para sermos especialistas."