sábado, 7 de fevereiro de 2009

Uma nova era de responsabilidade com Obama

A imprensa fez-se eco dos erros de Obama nas escolhas da nova Administração(http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1358775)


O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em segunda semana de mandato, fez na noite de terça-feira um público e repetido “mea culpa”, admitindo “ter errado” nas nomeações de duas figuras de topo da sua nova Administração - ambos tendo-se demitido por razões de falhas nos pagamentos de impostos. Não era o ciclo noticioso que a recém-empossada Casa Branca pretendia ter quando marcou para Obama, na noite de ontem, cinco entrevistas televisivas, com estes casos acabando por desviar as atenções do plano de recuperação da economia – de quase 900 mil milhões de dólares – pretendido pelo chefe de Estado.

O “erro” refere-se à nomeação do antigo líder democrata no Senado Tom Daschle, escolhido por Obama para assumir a pasta de secretário da Saúde e Recursos Humanos, que desde o fim-de-semana se via em apuros para explicar o não pagamento de 140 mil dólares em impostos, pelo uso de um carro e motorista e outros benefícios pessoais, que lhe foram atribuídos por uma empresa de consultoria entre 2005 e 2007.
O que dizer desta atitude e comportamento do Presidente Obama?

Um nova era de responsabilidade está pois inaugurada, carregada de forte carga ética: o mais alto magistrado da Nação assume perante o Povo que o escolheu a responsabilidades pelos seus erros na escolha (error in ellegendo). E como, em matéria de ética na política, os exemplos falam sempre mais forte, ele nao hesita em afirmar:

“Creio que cometi um erro. Acho que 'lixei' as coisas e assumo a responsabilidade por isso”, afirmou Obama à CNN, adiantando que não queria passar a ideia de que existe um critério para os poderosos e outro para as pessoas comuns. “Fiz borrada nesta situação? Absolutamente. E estou disposto a assumir as consequências”, explicou ainda à NBC. E, à Fox News: “Em última análise, tenho de assumir a responsabilidade por um processo que resultou em ficarmos sem secretário da Saúde e Recursos Humanos num momento em que as pessoas precisam de ajuda nos custos de saúde que enfrentam.”
Daschle acabaria por anunciar a sua demissão na terça-feira.


Oxalá, sem falsos moralismos, que este exemplo possa vir a ser seguido por outros.
Melhor é sempre possível, mesmo na vida política.

JMCM

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