segunda-feira, 31 de março de 2008
domingo, 30 de março de 2008
Sessão pública de apresentação em Lisboa
Data: 2 Abril 2008 (quarta-feira) Horário: 21.00 h Local: Padrão dos Descobrimentos Programa: Apresentação seguida de debate. |
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sábado, 29 de março de 2008
Viver a Esperança hoje
Como um belo poema pode dizer tanto sobre a nossa vida e as opções que temos entre mãos. Não desistir, viver! Aqui fica esta partilha:
Álvaro de Campos (poema sem título)
Na noite terrível, substância natural de todas as noites,
Na noite de insónia, substância natural de todas as minhas noites,
Relembro, velando em modorra incómoda,
Relembro o que fiz e o que podia ter feito na vida.
Relembro, e uma angústia
Espalha-se por mim como um frio do corpo ou um medo.
O irreparável do meu passado - esse é que é o cadáver!
Todos os outros cadáveres pode ser que sejam ilusão.
Todos os mortos pode ser que sejam vivos noutra parte.
Todos os meus próprios momentos passados pode ser que existam algures,
Na ilusão do espaço e do tempo,
Na falsidade do decorrer.
Mas o que eu não fui, o que eu não fiz, o que nem sequer sonhei;
O que só agora vejo que deveria ter feito,
O que só agora claramente vejo que deveria ter sido-
Isso é que é morto para além de todos os Deuses,
Isso- e foi afinal o melhor de mim- é que nem os deuses fazem viver...
Se em certa altura
Tivesse voltado para a esquerda em vez de para a direita;
Se em certo momento
Tivesse dito sem em vez de não, ou não em vez de sim;
Se em certa conversa
Tivesse tido as frases que só agora, no meio-sono, elaboro -
Se tudo isso tivesse sido assim, Seria outro hoje, e talvez o universo inteiro
Seria insensivelmente levado a ser outro também.
Mas não virei para o lado irreparavelmente perdido,
Não virei nem pensei em virar, e só agora o percebo;
Mas não disse não ou não disse sim, e só agora vejo o que não disse;
Mas as frases que faltou dizer nesse momento surgem-me todas,
Claras, inevitáveis, naturais,
A conversa fechada concludemente,
A matéria toda resolvida...
Mas só agora o que nunca foi, nem será para trás, me dói.
O que falhei deveras não tem esperança nenhuma
Em sistema metafísica nenhum.
Pode ser que para putro mundo eu possa levar o que sonhei.
Mas poderei eu levar para outro mundo o que me esqueci do sonhar?
Esses sim, os sonhos por haver, é que são o cadáver.
Enterro-o no meu coração para sempre, para todo o tempo,
para todos os universos.
Nessa noite em que não durmo, e o sossego me cerca
Como uma verdade de que não partilho,
E lá fora o luar, como a esperança que não tenho, é invisível pra mim.
in Pessoa
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sexta-feira, 28 de março de 2008
Um sopro de luz
Uma leve brisa que passe entre o mecanismo desta peça inspirada pelo "design budista" e construida à base de materiais reciclados, inventada pelo britânico Tom Lawton, produz energia suficiente para fornecer iluminação pública de presença.
Um engenho auto-suficiente e durável onde a iluminação recorre à tecnologia LED.
Um exemplo inspirador encontrado no Obvious.
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quinta-feira, 27 de março de 2008
Citações
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quarta-feira, 26 de março de 2008
Razões de esperança
Segundo o Times Online, Portugal ocupa o 18º lugar num ranking de estabilidade e prosperidade elaborado, após um ano de investigação em 235 países, pela Agência de Informação Jane's.
O nosso país aparece desta forma imediatamente atrás da Suíça e à frente de países como a Noruega ou o Canadá.
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terça-feira, 25 de março de 2008
segunda-feira, 24 de março de 2008
Makalu é novo desafio de João Garcia
Nesta Primavera, o desafio do alpinista português João Garcia é Makalu, a quinta montanha mais alta do mundo, na fronteira entre o Nepal e a China. Se for bem sucedido, Garcia subirá pela décima vez a um cume com mais de oito mil metros, mais exactamente 8463 metros.
SIC
O alpinista português João Garcia vai liderar uma expedição internacional ao topo do Monte Makalu, que se vai realizar de 25 de Março a 6 de Junho, no âmbito do projecto "À conquista dos picos do mundo".
Na escalada ao Makalu, João Garcia vai contar com a companhia do alpinista belga Jean-Luc Fohal, do australiano Andrew Lock, do inglês Neil Ward e do mexicano Hector Ponce de Leon.
O Monte Makalu, o quinto mais alto do Mundo, com 8.463 metros de altitude, situa-se na fronteira entre o Nepal e a China, a 22 quilómetros do Evereste, e é considerada uma das montanhas mais difíceis de escalar, registando-se menos de duzentos alpinistas que conseguiram chegar ao topo.
A expedição intitulada "Portuguese International Makalu Spring 2008" vai ser alvo de um estudo de investigação no domínio da nutrição e dietética, com o objectivo de identificar condicionantes e comportamentos alimentares dos alpinistas ao longo da escalada.
O estudo é promovido pela Unidade Curricular de Investigação Aplicada em Dietética da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa.
Fonte: Sic
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quinta-feira, 20 de março de 2008
Passo a passo
As primeiras reuniões dos grupos dos trabalho são passos importantes. Para organizar ideias, para nos sintonizarmos, para medirmos o tanto que não sabemos, para nos contagiarmos com o entusiasmo desta oportunidade de aprender e para ensaiarmos a melhor forma de levar por diante a nossa tarefa matricial. Acho que ficou claro para todos nós que precisamos da ajuda de especialistas para identificar os textos de referência incontornáveis para as 12 áreas a cruzar com os nossos pilares. O volume da informação relevante transborda em muito a nossa capacidade de assimilação dentro do tempo de que dispomos, pelo que é fundamental distribuir leituras a partir do essencial.
Acho que foi particularmente importante a tomada de consciência da permeabilidade que sempre existe entre objectivos, estratégias e acções consoante o lugar - do micro ao macro - em que nos posicionamos. A importância desta constatação prende-se com a necessidade de salvaguardar a coerência e a consistência das políticas a desenvolver. Parece existir algures um paradoxo recorrente na acção governativa portuguesa. Por um lado, quando analisamos os programas dos sucessivos governos, identificamos alguma consistência numa série de objectivos que permanecem prioritários, independentemente do partido no poder. Mas esta consistência ao nível macro corresponde à identificação dos problemas e à sua permanência... É no plano intermédio, ou seja, ao nível da acção dos organismos do Estado, que a mudança impera, traduzindo-se num eterno recomeço que compromete a resolução dos problemas. Não me parece possível ultrapassar este impasse sem responsabilizar estes organismos pelo conhecimento e avaliação do terreno, dar-lhes voz na análise dos problemas e utilizá-los como intermediários/mediadores no diálogo entre governantes e cidadãos. Uma espécie de pontes de acesso a outras pontes... Muitas vezes quem assume a governação não faz a menor ideia de como se faz o que é preciso fazer. E provavelmente não devia sequer preocupar-se com isso. Devia aproveitar esse recuo, a chamada cabeça fria, para estabelecer prioridades e tomar decisões. E creio que este é o grande desafio que se nos apresenta: saber identificar o que é mais urgente, evitando enunciados generalistas, mas sem caír em especificidades que correspondam a outros patamares de acção e decisão. Fazê-lo seria violar a afirmação da subsidiariedade, ou seja, de uma governação que se organiza de baixo para cima, co-responsabilizando Estado e sociedade civil na construção do bem comum. Daí também a importância de ouvirmos especialistas com anterior experiência governativa, de preferência em instâncias intermédias, pedindo-lhes que partilhem connosco essa experiência: as dificuldades e oportunidades que encontraram, os impactos positivos e negativos dos erros que cometeram e das acções que conseguiram desenvolver, as batalhas inglórias e as bem sucedidas.....
E assim avançaremos, passo a passo....
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quarta-feira, 19 de março de 2008
MEP nos Media
A entrada do MEP na cena política não deixou os portugueses indiferentes.
Deixamos aqui um panorama do que foi dito e escrito nas primeiras semanas da sua apresentação pública.
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segunda-feira, 17 de março de 2008
domingo, 16 de março de 2008
Construindo a Matriz
Nestes primeiros dias de vida pública do MEP muitos leitores e leitoras têm respondido ao nosso desafio para colaborarem na construção da Matriz MEP. Para além da oportunidade e utilidade desses contributos interessados, que revelam uma fundada esperança nas capacidades dos portugueses, sentimos um enorme privilégio, mas também uma grande responsabilidade, por assistirmos e sermos protagonistas nesta aproximação dos cidadãos à democracia. Sentimos que já estamos efectivamente a pôr em prática o quinto eixo do MEP - Uma democracia mais próxima dos cidadãos.
É muito importante perceber que as pessoas se identificam com a proposta de participação conjunta lançada pelo MEP e que contribuem com sugestões concretas sobre as áreas que melhor conhecem e onde sentem que com o esforço de todos Melhor é Possível!
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quinta-feira, 13 de março de 2008
Também eu tenho Esperança
Enviado pela nossa leitora Helena Azeredo:
"Espero que as pessoas que gerem o destino das nações sejam pessoas de bem, timoneiros de princípios firmes, capazes de se manter verticais perante as marés mais turbulentas, sem se deixar vergar pelas ondas do poder e da ganância, sabendo abrir as escotilhas a quem rema no porão para que vejam o rumo que seguem e sintam que é o contributo de cada um e de todos juntos que levará o barco a bom porto.
E também eu acredito que deve ser cada um de nós a dar o passo em frente, o primeiro, aquele que é de facto arriscado... todos os que se seguem serão progressivamente mais seguros! Sem ficar à espera que um qualquer D. Sebastião surja das brumas para apresentar a obra acabada que há muito poderíamos estar a construir. É esse o sentimento que nos pode levar a assumir uma missão, por acreditarmos que podemos influenciar e mudar atitudes e comportamentos sem estar condicionados por pressões ou interesses estranhos aos objectivos que nos movem.
Tenho pois muita Esperança neste Movimento feito de pessoas que venham demonstrar que se é político para servir e não para se servir; de gente que não tenha medo ou vergonha de assumir e defender os valores em que acredita; de crentes na capacidade de os Homens reflectirem em conjunto sobre as melhores opções para o bem da própria Humanidade.
Temo no entanto pelo descrédito profundo e generalizado na classe política e pela passividade de tanta gente pessimista, derrotista mesmo, acomodada à sua condição e sem se incomodar também com os males dos outros, cúmplice - no seu silêncio - das grandes injustiças e pondo todas as culpas no "sistema" sem se dar conta que também faz parte dele e que pode e deve contribuir para o melhorar. É preciso que esta maneira de pensar não seja mais forte do que esta nova força e que o MEP seja capaz de fazer sentir a necessidade, a URGÊNCIA de as pessoas mudarem de atitude e olharem para mais além do que o próprio umbigo.
Temo também que vos (nos) tomem por um grupo de idealistas utópicos que julga ter descoberto a fórmula mágica para governar o mundo e cujo ânimo esmorecerá à medida que as dificuldades se interponham no vosso (nosso) caminho.
Não estou com isto a querer transmitir pessimismo, apenas a fazer um pouco de "advogada do diabo" para que o Movimento parta para voos mais altos com os pés bem assentes no chão.
Devo ainda dizer que o nome escolhido não me parece forte, no sentido de não ser dinâmico - esperar não é agir, esperar é depender de factores externos. O que até pode ser uma atitude positiva se formos buscar à sabedoria popular a expressão "quem espera sempre alcança" e não a outra que, ao contrário, diz que "quem espera desespera".
De qualquer modo, espero eu, é um sinal de longevidade, pois "a esperança é a última a morrer"!
Parabéns a todos pela coragem e contem com o meu apoio."
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EXEMPLOS
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O MEP em crescimento
Ontem à noite, em Braga, mais uma sessão de esclarecimento para potenciais membros do Movimento Esperança Portugal. Sala cheia para trocar impressões com Rui Marques, um verdadeiro sucesso, a abrir caminhos de muita esperança!
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quarta-feira, 12 de março de 2008
EXEMPLOS
Veja este vídeo da campanha da NAPCAN* (Austrália) sobre os hábitos que, tantas vezes sem querer, sem pensar, vamos passando aos mais pequenos.
*Established in 1987, the National Association for Prevention of Child Abuse and Neglect is Australia 's leading agency in the prevention of child abuse and neglect. It strives to inspire all Australians to take responsibility for children's wellbeing to achieve a vision that every Australian community is child friendly.
NAPCAN's mission is to prevent the abuse and neglect of children by inspiring all Australians to take responsibility for children's wellbeing.
For 21 years NAPCAN has advocated a focus on the prevention of child abuse and neglect - before it reaches the crisis stage that requires statutory intervention. Evidence shows that child friendly communities reduce and prevent the incidence of child abuse and neglect. NAPCAN passionately believes that by inspiring all Australians to take responsibility for children's wellbeing we can envisage a country where every Australian community is child friendly and every child is safe.
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Quem são os políticos?
Enviado pela nossa leitora Margarida Reduto:
"Quem são os políticos?
Se alguém se deu ao trabalho de alguma vez consultar o curriculum dos nossos políticos, perguntar-se-ía certamente como é possível, que alguém que nunca teve um emprego normal - os chamados das 9 às 5 -, que nunca teve as dificuldades de uma pessoal normal, tenha a capacidade de gerir e sentir as tristezas e alegrias de uma pessoa normal?
Porque quem se levanta de manhã, enfrenta o trânsito e os transportes públicos, conta os tostões para almoçar o mais barato possível, chega a casa cansado, tem coisas para fazer (daquelas que as pessoas normais fazem: engomar, fazer comida, tratar dos miúdos...) e deita-se para o lado sem ter muito bem a certeza se o amanhã será melhor. ESTES, não têm tempo, nem cabeça para pensar, para querer melhor, sem que o melhor seja o seu imediato, o amanhã, mas mesmo o amanhã, as próximas 24h, a próxima fila de trânsito, o próximo almoço.
Depois às vezes ESTES têm tempo para ver notícias. E ouvir um qualquer político falar de políticas de emprego, sem nunca ter estado desempregado, falar de saúde sem nunca ter estado na fila de espera das urgências de um qualquer hospital público, falar de economia sem saber o que é não ter a certeza se dá mesmo para pagar as contas ou almoçar no dia seguinte, e falar de tantas outras coisas que ESTES não querem saber e às vezes nem têm bem a certeza de que sabem o que é.
Depois do desabafo, a sugestão. Se estas são pessoas comuns que resolveram dedicar tempo e energia a este novo projecto, então também já passaram por tudo isto (mais, ou menos) e os seus curriculum não são concerteza a sua formação académica. Já trabalharam? Onde? Quem são, independentemente da sua formação? São pessoas normais? São alguns dESTES?"
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Sinais de Esperança
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Esperança
Enviado pela nossa leitora Diana:
"Passamos a vida a dizer que gostávamos que houvesse mais justiça e mais paz no mundo, mas esquecemo-nos de que também está nas nossas mãos mudar o mundo. Não o mundo inteiro, de uma só vez, mas o nosso mundo interior e o pequeno mundo à nossa volta.
Nada nem ninguém conseguirá mudar o mundo, como um todo, do dia para a noite. Mas o mundo inteiro muda se cada um de nós mudar um bocadinho e é fascinante perceber isto. É incrível ver como certas pessoas e certas coisas mudam só porque nós mudámos primeiro. Parece exagero? Não é.
Partindo da questão íntima, do mundo interior, de onde tudo parte e onde tudo é possivel, vale a pena sublinhar que, também em matéria de mudança, cabe a cada um fazer a sua parte e não ficar à espera que os outros façam tudo. Uma atitude demasiado passiva, demasiado céptica ou demasiado crítica em relação aos outros impede quase sempre a verdadeira transformação interior. Onde, insisto, tudo acontece.
Trata-se de levar à letra a ideia de que cada um tem de fazer a sua parte, mas, em primeiro lugar, eu tenho de fazer a minha. Mais do que ficar atento aos outros ou às suas faltas, é essencial virar-me para dentro e perceber o que é que em mim pode ser mudado e convertido num contributo positivo.
Apostar numa atitude construtiva exige tempo, paciência e muita persistência. Obriga a desmontar egoísmos, ideias feitas, faltas de generosidade e outras coisas do género. É um trabalho demorado que se vai construindo com esperança num mundo melhor."
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terça-feira, 11 de março de 2008
Solidariedade
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Minuto de silêncio
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Então vamos lá virar isto do avesso
Como muito bem registou o Rui Cerdeira Branco, o meio foi abundantemente generoso nos apupos a uma proposta concreta de contributo para a política nacional com manifesta intenção de acção, saída de cidadãos improváveis nestas andanças, como não me lembro de ter visto acontecer em Portugal e à qual me orgulho de ter aderido. Mais ainda, completamente insensível ao seu desafio de mobilizar a sociedade e aproximar os cidadãos da democracia, chamando todos os que acreditam que Melhor é Possível a associarem-se e terem o seu papel na construção de uma solução que procure efectivamente resolver os problemas em vez de se perder em (des)acordos entre quem partilha o poder e com isso adia decide o nosso futuro.
Após as epidérmicas e até compreensíveis reacções iniciais, não foram muitos os que se preocuparam, por exemplo, em visitar o site e mesmo os que o fizeram, aparentemente não o leram (mais uma vez ao contrário de alguns milhares de portugueses). Talvez um bom indício das reais preocupações que movem os bloggers portugueses e que aparentemente não passam por informar(-se). Também aqui era possível fazer melhor...
"Centrando-me" então nas reais preocupações que parecem atormentar a comunidade, eu devolvo-lhes a tal questão que não é, por definição, relevante para o MEP:
Em que espectro político colocariam uma proposta de intervenção cívica através da política partidária, feita por 60 (sempre a crescer) cidadãos comuns que se predispuseram a sair do conforto e a dar o seu melhor pela mobilização dos portugueses para a resolução dos problemas de todos, aceitando inclusivamente que essa participação passe por outras opções políticas que não o MEP; ultrapassando as incoerentes divisões esquerda/direita, os desgastados fait-divers a que se entregaram os nossos representantes e promovendo uma cultura de negociação e respeito por pactos de longa duração que promovam a justiça social e a procura do bem comum?Onde colocariam? Na direita liberal ou na arqui-moderna esquerda? E como seria dessa forma possível assumir os princípios com que nos anunciámos?
Sabemos qual é o nosso objectivo e aquilo a que nos propusemos. É tempo de cuidar dessa proposta e de trabalhar as nossas opções de acordo com os princípios que manifestámos. Com o tempo e a serenidade com que foi possível chegar até aqui, chegaremos adiante.
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segunda-feira, 10 de março de 2008
Mundiais de Atletismo em Pista Coberta
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Pantufa Negra sobre o MEP
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Estou no MEP por...
... Testemunhar as dificuldades, injustiças e o desânimo que se agravam todos os dias no nosso país.
... Sentir que a realidade pessimista, cinzenta e dorida do tempo que vivemos não é, nem pode ser, uma fatalidade a que nos tenhamos que resignar.
... Conhecer casos de luz onde nos dizem que só há escuridão, que desconcertam as vozes e pensamentos de derrota e desistência.
... Conceber que os políticos devem ser, antes de mais,
(con)cidadãos, e não pessoas especiais ou sobredotadas, pelo que também é meu direito e dever participar e contribuir activamente.
... Acreditar que não é (nunca será) demasiado tarde para pôr em prática uma sociedade mais justa, verdadeira e solidária, criativa e criadora.
... Reconhecer neste Movimento, pessoas que querem dar mais que receber, e procuram mais o serviço que o poder, e o bem de todos que o (falso) conforto próprio.
... Confiar plenamente no Rui Marques, pela honestidade e coragem do seu trabalho, mas principalmente pelo que é como pessoa e como cidadão: humilde, coerente e próximo.
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Há estrada para andar!
Porque reconheço a força e o carisma do Rui Marques e a sua capacidade de liderar para a concretização de sonhos impossíveis mas desejados. Porque a sua integridade e humanidade são inspiradoras e a sua determinação e confiança lhe conferem a competência necessária para o alcançar.
Porque partimos de baixo, da proximidade com a realidade, fazendo-nos valer da nossa cidadania responsável para reclamar a decisão sobre o futuro que queremos deixar às gerações vindouras respeitando a memória e a herança das gerações anteriores. Rejeitando preconceitos e estereótipos que cegam a razão e impedem uma participação empenhada e genuína onde todos devem contribuir com aquilo que têm e podem. Não aceitamos que o lugar onde se decidem as opções conjuntas seja um espaço de desconfiança e divisão onde se perdeu a capacidade de negociar vitórias comuns e de respeitar contratos de longa duração.
Porque ousamos tentar! Aliamos a vontade de transformar, pelas nossas mãos, a nossa própria história à certeza da importância que a política tem para o conseguirmos. Sabendo que ela é apenas o instrumento da nossa convicção, não pode nunca por si só ser boa ou má. Terá a dignidade que lhe conferirmos e a proximidade que lhe impusermos.
Porque acredito no meu país e nos que comigo o definem. Acredito na nossa história e na vocação dos portugueses para fazer coisas incríveis quande se unem em torno de objectivos comuns.
Por isso sinto que chegou a vez de nos unirmos porque "Melhor é Possível!"
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sexta-feira, 7 de março de 2008
Razões para ser MEP
1 – Porque acredito que chegou a hora da mudança, e eu quero estar presente!!!
2- Porque acredito no Rui Marques para liderar esta nova forma de ver e fazer politica!!!
3- Porque acredito na defesa e protecção do bem comum!!!
4- Porque acredito que os jovens tem um papel no futuro, agindo agora no presente!!!
5- Porque acredito que posso dar muito mais ao meu País, sendo uma parte pró-activa na sua mudança e na sua atitude vencedora!!!
6- Porque acredito que Portugal é um País de oportunidades e de desafios, e o nosso desafio é criar mais oportunidades para Portugal!!!
7- Porque acredito em mim e em todos os portugueses, somos um povo empreendedor, sabemos unir-nos por causas e esta é uma causa vencedora!!!
8- Porque acredito numa cultura de pontes, onde todos têm lugar á mesa e onde o diálogo é a corrente que nos une em torno da esperança!!!
9- Porque acredito que o nosso País, o nosso Planeta, as nossas Crianças precisam de um futuro melhor através da adopção de uma politica de desenvolvimento humano sustentável no presente!!!
10- Porque acredito que Melhor é Possível!!!
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Uma onda junto ao chão [modificado]
É muito positivo, só por si, o debate que o lançamento do MEP suscitou. Mas este movimento – o nome não é ingénuo – não ficará por isto, e, na minha opinião, surpreenderá certamente, entre muitas outras coisas, porque:
- nasce de baixo para cima, de pessoas comuns, seriamente empenhadas em melhorar o rumo da nossa sociedade, e não apenas do Estado, esse ente mítico, desresponsabilizante; não apela apenas para os outros, sempre "os responsáveis por isto estar tudo mal", sem saber quem serão esses outros; apela a todas as pessoas para uma maior e mais empenhada participação, no MEP ou noutros partidos, nas organizações da sociedade civil; o MEP apela à auto-responsabilização;
- procura estabelecer um modelo de participação e discussão inovador, sem querer inventar a roda e sem ser ingénuo, obviamente, defende a todo o custo um modelo que envolva as pessoas na sua construção, no debate de ideias, na apresentação de propostas;
- não se revê na velha dicotomia esquerda-direita, porque ela já não responde aos desafios do novo tempo, porque ela tem separado no pior do sentidos, porque ela tem apenas servido, em muitos casos, para arregimentar clubes para uma jogatana pouco credível e uma dança tribal em torno da mesa do orçamento; as ideias não podem ser boas e ser metidas em caixinhas ideológicas, apenas para etiquetar as pessoas e saber quem é por nós ou está contra nós – um costume a acabar;
- não enjeita o debate ideológico, mas não se revê em exclusivismos ideológicos e procura construir um discurso próprio, sem medo e procurando ser genuíno, com uma forte aposta, desde logo, em valores hoje tão esquecidos e amesquinhados, nomeadamente a liberdade e a responsabilidade;
- não está preso a lógicas carreiristas na política e vai procurar continuar assim (ingenuidade?, não, coragem e determinação) - muitas das pessoas que o promovem já foram convidadas para outros partidos e não aceitaram – o que seria muito legítimo, claro - por não se reverem neles e no seu modo geral de funcionamento actualmente; o próprio líder do movimento teria certamente um "tacho" à sua espera, se o quisesse, e não teria de se colocar em frente das baterias de tiro "aos patos", como é referido nalguns blogs (ler aqui, aqui , e há muito mais, apesar de haver também um interesse crescente), de caçadores de entusiasmo, que disparam com maldizer e costumeira agonia; há excessiva tendência para secar tudo em volta, numa desertificação da vida, e nada plantar, o que o MEP vem procurar contrariar – juntem-se a nós! Muitos somos poucos!;
- o centro do MEP não será estático e confortável, mas antes dinâmico e inovador, e trará surpresas, porque não está preso a dogmas de organização da sociedade, respeita a diversidade e as diferenças, sem ser relativista;
- preocupa-se com as pessoas, sabendo que muitos dos seus problemas e desafios se resolvem perto delas, com elas, e não pelo super estado paternalista e centralista (por isso defende o princípio da subsidiariedade*);
Fico por aqui, mas há muito mais e uma força crescente em fazer melhor. Com determinação, melhor será possível!
Ângelo Eduardo Ferreira, membro do MEP
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Ousar o futuro
1. A sensação de vazio à minha volta, sem alternativa à vista num horizonte mais ou menos longínquo. Sempre os mesmos protagonistas já estoirados, o virar-o-bico-ao-prego-conforme-se-está-no-poder-ou-na-oposição, a necessidade de destruir obcessivamente e começar do zero em vez de acrescentar valor àquilo que já existe. O cansaço de continuamente assistir às mesmas peças-à-vez-à-vez.
2. O MEP despertou-me, primeiro a curiosidade, depois a Esperança e finalmente a capacidade para acreditar que Melhor é Possível. Porque o MEP responde, tal qual um puzzle de 7 peças - os seus pilares - a cada uma das minhas inquietações. Cativou-me o seu cariz humanista, o ser mais COM do que CONTRA, a atitude positiva de mais "meio copo cheio do que meio copo vazio", a liberdade para optar pelo politicamente incorrecto se tiver de ser...
3. Finalmente, e apesar de aparecer no fim, a primeira razão é porque acredito no Rui Marques. Na sua humanidade, integridade e verticalidade. Porque é um homem de acção, com obra feita. Visionário. Um líder por excelência. Com uma grande equipa ao lado!
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quarta-feira, 5 de março de 2008
Porque me juntei ao MEP
1. Por entender a política, como um dever de cidadão preocupado em cuidar da polis (remonto aqui ao pensamento clássico ateniense em que os cidadãos, no espaço público, constituiam instituições que tinham o dever de deliberar e executar directrizes para a cidade). Nesse sentido, cada um de nós tem o dever de, enquanto cidadão consciente, de se tornar político sob pena de não participar nos processos de tomada de decisões que nos dizem respeito. Relembro Platão: a penalização por não nos tornarmos politicos é termos os imbecis a governar-nos.
2. Vivo mal nesta cultura do pessimismo, a ideia de viver o dia-a-dia sem expectativas de futuro, sem os amanhãs que cantam e que nos fazem projectar sonhos. Chocam-me as desgraças que todos os dias nos entram pela casa dentro sem nos dar tempo para pensar que talvez naquele momento um bébé tenha respirado pela 1ª vez rasgando, assim, horizontes. Não estou alheio à realidade, claro. Mas não quero só ficar indignado pelo que de mau acontece numa atitude de passividade. Quero-me comover no sentido de ganhar e fazer ganhar consciência para os problemas e de encontrar soluções para a resolução dos mesmos. Quero que as tormentas se tornem em BOA ESPERANÇA! Os portugueses já acreditaram que era possível...
3. Pela ideia de empatia como resposta apropriada à situação de outra pessoa relacionada à capacidade de compreender a perspectiva psicológica e afectiva do outro. Comungo da afirmação do diálogo como metodologia e das pontes como objectivo; do respeito pelo Outro; da cultura de negociação para vitórias comuns. Porque uma verdadeira construção só pode nascer por aquilo que nos une e nunca pelo que nos separa. E experimento com as cerca de 50 pessoas, que estão a fundar este movimento, a liberdade de pensamentos, opiniões para juntos construirmos uma sociedade mais responsável, mais justa e mais digna! Por um Portugal ainda melhor.
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Três razões para ter aderido ao MEP
1 - Acredito no Rui Marques. Acompanho o seu trabalho há algum tempo e conheço o seu empenho. FAZ COISAS. E FAZ SEM TER DE SE MOSTRAR. Esse é um ponto muito importante que acredito, faz a diferença.
2 - Não gosto de estar sempre a dizer mal, embora saiba que as coisas estão realmente mal. Mas a ideia de constatar as enormes injustiças, ver as desgraças, sentir esta desesperança no ar e não fazer nada, não é para mim. Critico mas quero agir. Não quero ficar sentada. Quero poder dizer às minhas filhas que tentei, fiz o melhor que sabia.
3 - Porque tenho a perfeita convicção de que "está cá tudo": existem meios financeiros e humanos. O que falta é uma enorme dose de BOM SENSO, honestidade e vontade para levar as coisas a bom porto.
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Uma leitura do tempo
Nestes tempos de mudança de paradigma em que estamos a viver, que não podemos abarcar mas tão só pressentir, emerge aquilo a que alguns chamam a "sociedade em rede" ou "era da tecnologia e informação global", cuja enorme complexidade, com variáveis que se alteram velozmente numa turbulência constante, começa a alterar, também, a paisagem política.
Por todo o lado alastra um debate efervescente e muitíssimo interessante, sobre respostas novas que se adequem ao actual cenário ultra móvel, no qual se revela esgotada a dicotomia esquerda/direita que sustenta o modelo em que assentam as sociedades contemporâneas industriais do ocidente.
As politicas modernas são dominadas por duas entidades: o indivíduo abstracto, cujo palco é o mercado e o estado providência, representado pelos governos. Direita e esquerda alinham respectivamente nestes dois pólos, mas ambas falharam. A predominância do mercado mostrou premiar os vencedores mas esqueceu os que perdem, criando bolsas de exclusão social que ameaçam a sua sustentabilidade. Por seu lado, os modelos assentes no estado minaram o tecido social com relações de dependência, que anestesiam as causas dos problemas, sabotando assim a sua resolução a prazo.
No âmbito da ciência política, existe uma nova corrente que defende a recuperação de um terceiro pilar que não exclua os outros dois, mas de alguma forma os tempere e equilibre. O chamado pilar social. Os seus representantes defendem a reinvenção da chamada sociedade civil, que desde o revolucionário século dezanove se foi progressivamente asfixiando, em matizes diferentes conforme a latitude, até quase desaparecer.
Este terceiro sector, o ecossistema sustentado pelas relações de humanidade em que procuramos ancorar a nossa identidade e sentimentos de pertença, parece estar agora de volta de muitas maneiras, como uma tentativa de contrariar a grande solidão pós moderna. A chamada web 2.0, pródiga em plataformas onde se formam comunidades virtuais como o YouTube e tantas outras, é apenas uma das muitas faces visíveis desta mega tendência global.
É frequente as pessoas que a protagonizam reclamarem-se, politicamente, de um centro reinventado. Por toda a Europa surgem ensaios desta nova matriz, mas é nos Estados Unidos que ela se está a afirmar, nas primárias do partido democrata, com uma dinâmica de resultados ainda imprevisíveis.
Espreitar tudo isto, na tal complexidade novíssima em que nos calhou viver, é particularmente estimulante e permite-nos encontrar eixos de inteligibilidade, que de certa forma nos permitem agarrar este tempo.
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Uma Mesa com Lugar para Todos e a Violência
Nos ultimos dias tem-se falado muito de violência. Os cidadãos têm uma expectativa, justa, que a polícia e a justiça sejam capazes de agir para dissuadir a violência e para a reprimir. Consideramos muitas vezes, que o problema da violência é um problema sobre o qual não podemos fazer nada como cidadãos, compete ao governo resolver. Por outro lado existindo nas cidades territórios, guetos, que costumamos associar à criminalidade organizada e à violência, inferimos que se eliminarmos esses guetos eliminamos a causa do mal.
Todas estas observações têm a sua verdade mas enfermam do defeito de ver as coisas à superficie. Tentemos senti-las por dentro.
O desempenho no combate à violência é proporcional à informação que se detêm. Não se pode dissuadir nem reprimir a violência trabalhando às cegas ou duma maneira míope. Os territórios que estão fora da esfera e do espaço público, sejam eles guetos ou condomínios fechados, têm uma cultura de segurança especifíca, ou seja, privada. No caso concreto dos guetos o crime organizado procura através da apropriação dos meios de violência, assegurar as condições para o desenvolvimento do "negócio", o que pressupões a atracção de investimentos e de mão de obra qualificada. A mão de obra das actividades criminosas organizadas é recrutada na área de influência do "negócio" e funciona como sustento de pessoas ou famílias que doutra maneira não conseguem sobreviver. Sobre isto, funciona o efeito de demonstração: a situação de desafogo financeiro e dinheiro fácil conquistada por alguns, serve como exemplo para os outros. O conjunto é servido por uma narrativa "heróica" de exaltação de violência, uma cultura de violência.
No MEP quando falamos numa "mesa com lugar para todos", como elemento fundador da justiça e da procura do bem comum, não ignoramos a existência dessa "outra mesa". A mesa posta pela violência e crime organizados para os excluidos, desesperados e também para o lúmpen. Colocada a nível político "mesa com lugar para todos" é um espaço público, cultural e politico, de diálogo e acção. É a nossa Polis. Por isso diz respeito a todos os cidadãos como espaço público de liberdade. A violência que se sente nos territórios de exclusão e que pouco a pouco vai contaminando toda a cidade, é o resultado do recuo do espaço público. O resultado duma sociedade dual com o "lado de cá" e o "lado de lá" com um muro ao meio que obscurece o outro lado. A responsabilidade desse facto tem de ser assumida por todos e a solução passa por todos.
No MEP quando falamos em "cultura de pontes" falamos de "derrubar o muro", de construir na fronteira as condições do diálogo. Para isto temos de compreender que a cultura de purificação da cidade que pretende excluir o "outro" gera identidades de resistência e estas geram violência, que a injustiça na repartição da riqueza aproxima o "outro" da "outra mesa".
A melhor forma de combater a violência é através da negociação da esfera pública o que pressupõe que todos tenham voz e capacitação para a afirmar. Significa assumir a diferença como um ponto de partida positivo. Significa assumir o diálogo como acção política.
No MEP acreditamos na capacidade das comunidades locais discutirem e decidirem as questões que lhe dizem directamente respeito. Acreditamos na subsidariedade como elemento estruturante duma democracia representativa. As questões da violência que nós vivemos hoje dificilmente se resolverão mudando as leis ou os regulamentos a nível superestrutural. Temos de procurar soluções inteligentes que passem por uma responsabilização de todos. Comunidades fortes e coesas socialmente geram elevados níveis de segurança, a auto-regulação é a melhor forma de regulação em sistemas complexos. A polícia e os tribunais não podem olhar para os territórios de exclusão como "caixas pretas" onde só se vê o que entra e o que sai, mas não se sabe como funciona. Tem de existir proximidade e discernimento. Sem isso corremos o risco de que as medidas que forem tomadas, ainda que animadas de boa vontade, resultem no contrário do que pretendemos: Menos violência, Mais Justiça e Mais Cidadania.
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terça-feira, 4 de março de 2008
MEP aposta na Internet para levar a política às pessoas
O MEP quer conversar com os portugueses e aposta nas novas tecnologias de informação para levar longe essa troca de ideias. Num site político pioneiro em Portugal, os cidadãos são convidados a encontrar-se por cima das suas diferenças e a participarem na construção de uma nova visão da política, próxima e não abstracta, em que cada um pode ser agente da mudança.
O site do MEP quer ser o ponto de encontro capaz de dar origem a uma rede de cidadania, capaz de alimentar e ser alimentada por todos os que acreditam que se pode fazer mais e melhor em Portugal. Há espaços para opiniões, perguntas, propostas e ideias, recriando um espaço público virtual, que facilite o debate e potencie a acção.
Computadores, câmaras de filmar, máquinas fotográficas e a rede global de redes que é a Internet, vão ser usados num exercício de liberdade que alimente esta grande conversa à volta da Esperança.
Em que participar, voltou a ser fácil.
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Começou a recolha de assinaturas
Está já a decorrer a recolha de assinaturas com vista à apresentação de um requerimento junto do Tribunal Constitucional, que permita ao MEP constituir-se como partido político com uma proposta de esperança para os cidadãos portugueses.
O MEP é actualmente uma associação cívica, sem fins lucrativos e a assinatura do requerimento pedindo a sua passagem a partido político não implica qualquer compromisso ou vínculo com o movimento.
Ser já militante de outro partido político, não é impedimento para assinar.
Podem assinar o requerimento, todos os cidadãos eleitores e inscritos no recenseamento eleitoral, que possam indicar o seu número de cartão de eleitor e a respectiva Junta de Freguesia. Deverá ser ainda apresentado o Bilhete de Identidade em conformidade com o qual deve ser feita a assinatura.
A lei contempla duas excepções: não poderão ser apresentadas assinaturas de cidadãos eleitores que sejam militares ou agentes militarizados dos quadros permanentes em serviço efectivo ou agentes dos serviços ou das forças de segurança também em serviço efectivo.
Contribua com a sua assinatura e a de todos os que conhecer que se interessem por um novo rumo na política em Portugal, imprimindo a ficha que aqui disponibilizamos, preenchendo-a e enviando-a para a Travessa das Pedras Negras nº1, 4º andar.
ver manifesto
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MEP inicia processo de constituição enquanto partido político
Um grupo de cidadãs e cidadãos decidiu lançar o processo para a constituição de um novo partido político, o MOVIMENTO ESPERANÇA PORTUGAL (MEP), através da recolha de 7.500 assinaturas, conforme previsto por lei. Esta iniciativa resulta da convicção de ser necessário e urgente que Portugal enfrente as dificuldades presentes e futuras, com a determinação decorrente de uma Política da Esperança.
O MEP tem como mensagem principal “Melhor é possível!”. Este conceito encerra uma dupla leitura: por um lado, o permanente apelo ao aperfeiçoamento da realidade, por parte de quem nunca se dá por vencido, e, por outro lado, a firme convicção que está ao nosso alcance – é possível! – a construção de um mundo melhor, sem margem para o fatalismo ou a acomodação.
O Movimento Esperança Portugal virá a ocupar um lugar no Centro político, sendo um projecto humanista, construído a partir dos valores do Bem Comum, da Solidariedade, da Subsidiariedade e da Democracia. Desenvolvem este projecto um grupo de 60 cidadãos, liderados por Rui Marques, activista social, fundador da Forum Estudante e da CAIS, ex-Alto Comissário para a Imigração e ex-Coordenador Nacional do Programa ESCOLHAS. O Grupo promotor do MEP, procura com a sua iniciativa sublinhar que a Política é uma área de intervenção essencial para todos os cidadãos, que têm a responsabilidade inalienável de participação e co-responsabilidade na construção de um destino comum. Não é possível aceitar o alheamento e o desinteresse como regra.
O Movimento Esperança Portugal apresenta no seu Manifesto sete grandes prioridades políticas, que configurarão a sua acção. As grandes causas do MEP são a justiça social, a inclusão e a coesão, referenciadas na metáfora de “Uma mesa com lugar para todos”. A igualdade de dignidade e de oportunidades, o combate às discriminações, a redução da pobreza e da exclusão social são algumas das expressões concretas desta prioridade política.
Imediatamente, seguem-se as prioridades da construção de uma “Sociedade de Famílias”, reconhecendo um papel central às famílias enquanto unidades base da sociedade, defendendo-se políticas amigas da Família. Em terceiro lugar, surge a afirmação e defesa de uma “Cultura de Pontes” que promova o diálogo e o consenso, tendo em vista o envolvimento dos principais actores sociais na resolução de cada problema, procurando avançar com vitórias comuns.
Às três principais prioridades somam-se outras quatro, onde pontuam a defesa do desenvolvimento humano sustentável, a promoção de uma democracia mais próxima do cidadão, a solidariedade intergeracional e, finalmente, uma defesa de um mundo interdependente e solidário.
Prevê-se que o projecto de recolha de assinaturas decorra até ao Verão, estando previstas acções de informação e sensibilização em vários locais do País, bem como o importante recurso à Internet através do sítio www.mep.pt.
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10 razões para aderir ao MEP
1. Portugal precisa de uma voz que defenda a política da Esperança, acreditando que, se fizermos por isso, “melhor é possível”.
O MEP será essa voz.
2. Portugal precisa que os seus cidadãos se mobilizem para os desafios difíceis do nosso tempo, sem desistência, nem lamúria.
O MEP impulsionará essa mobilização.
3. Portugal tem grandes desafios à sua frente para reforçar a justiça social e promover a coesão.
O MEP assumirá esses desafios.
4. Portugal precisa, no seu sistema político, de uma nova força que traga uma visão positiva e optimista,de quem acredita nas portuguesas e nos portugueses.
O MEP será essa força.
5. Portugal precisa de cuidar do seu futuro, promovendo as famílias, dando prioridade às suas crianças e jovens, bem como respeitando o seu passado, através da cidadania plena dos seniores.
O MEP cuidará do futuro e respeitará o passado.
6. Portugal exige uma nova atitude que una em vez de separar, que dialogue em vez de ofender, que construa em vez de destruir.
O MEP protagonizará essa atitude.
7. Portugal necessita de abrir espaço à participação de cada um de nós, para uma democracia mais próxima do cidadão.
O MEP será uma das vias.
8. Portugal num mundo global e interdependente, precisa de quem afirme a nossa vocação cosmopolita e de quem defenda a solidariedade como princípio de convívio dos povos e nações.
O MEP será esse protagonista.
9. Portugal precisa que novas pessoas se disponibilizem para servir o bem comum através da política. Pessoas comuns, como qualquer um de nós.
O MEP trará essas pessoas.
10. Portugal necessita de mais protagonistas políticos que só defendam o bem comum e não se prendam a interesses particulares.
O MEP defenderá esse caminho.
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A Política da Esperança
Vimos escrito algures que “a esperança é o segredo dos pobres”. Basta parar para rever tantos casos extraordinários de homens e mulheres que lutam contra um destino indigno de pobreza e sofrimento. Contra condições muito adversas lutam por um futuro melhor para si e para a sua família, acreditando que, apesar de tudo, é possível um futuro diferente. Esquecemos muitas vezes que o que os faz mover é, acima de tudo, a esperança. Ainda que exista, em muitos casos, o impulso provocado pelo desespero, decorrente de condições de vida muito difíceis, tal, por si só, não seria suficiente para os fazer mover. Só luta quem acredita que pode encontrar uma oportunidade de dar outro destino a sua vida. E essa esperança é um direito fundamental de qualquer ser humano. O bloqueio a esse esperança constitui a mais profunda injustiça, num mundo que se apesar da riqueza gerada vai deixando milhões presos na sua pobreza.
Por isso, devemos saber reconhecer e elogiar a Esperança de todos os lutam por uma vida melhor. A sua capacidade de acreditar, a sua resiliência e a sua ambição, merecem uma vénia. Para todos nós que não temos que enfrentar horizontes tão pesados, emerge uma responsabilidade enorme de reconhecer a notável fibra de tantos e tantas que são verdadeiros heróis do quotidiano.
Mas não chega admirar. Como segunda linha, deveremos potenciar e efectivar a Esperança. Neste processo de libertação da pobreza os obstáculos não são poucos. As suas forças não são, por vezes, suficientes, perante uma muralha de dificuldades. Cabe-nos, por via de uma solidariedade estruturada e eficaz, quer ao nível do Estado, quer da sociedade civil, ajudar a desfazer estes bloqueios, para que a esperança que têm possa ser potenciada e realizada. Devemos ser factores de multiplicação da sua esperança.
Finalmente, devemos também saber proteger e restaurar a Esperança, quando esta está em perigo ou já se desfez. Muitas vezes, torna-se difícil no meio de enormes ventanias, manter acesa a esperança que os fez movimentar. A exploração no trabalho ou na habitação, o desemprego, o sobre-endividamento, a destruturação familiar são contextos hostis que muitos experimentam e que, eventualmente, podem matar toda a esperança que são portadores. Torna-se, por isso, essencial que possamos restaurar esperança perdida. Em grande medida, esse é um dos eixos essenciais do combate à pobreza. Por isso, mais do que “dar coisas”, precisamos de redistribuir esperança.
É pela esperança que o mundo avança. Mas não uma esperança qualquer, nem muito menos uma alienação irresponsável. Precisamos de partilhar uma nova esperança, fundada e consequente, que lhes permita recomeçar a caminhar, porque ninguém pode substituir ninguém no seu trajecto de libertação da pobreza.
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