A ministra Ana Jorge, durante uma comissão parlamentar, lamentou o acordo celebrado entre a ADSE e o Hopital da Luz. Segundo a ministra, perdeu-se uma boa oportunidade de investir no sector público.
Independentemente dessa opção ser ou não sustentável do ponto de vista do serviço, a mensagem traz consigo, novamente, uma perspectiva meramente ideológica em que o Estado deve ser autosuficiente na prestação de serviços, relegando para os privados e terceiro sector um papel exclusivamente complementar.
As reacções que surgiram pela blogosfera, por contradição, invertem o ponto de vista e lançam novamente o debate sobre o público e o privado. Ouvem-se as razões do costume, sem novidades de um lado e do outro.
No final, falta a pergunta que se impõe: e as pessoas? Será que ninguém consegue por um momento realizar que a Saúde e os sistemas subjacentes existem para servir as pessoas?
Se é delas que se trata, porque não fazer primeiro esta pergunta:
Afinal, o que é melhor para as pessoas?
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