terça-feira, 20 de maio de 2008

Leituras

"Faz sentido que se investigue o processo de formação do preço final. Faz, igualmente, sentido que se pondere a hipótese de alterar a estrutura da carga fiscal. Não nos iludamos, contudo. O preço dos combustíveis não voltará aos níveis anteriores, pelo menos nos tempos imediatos. E que sentido faz protestarmos contra os preços altos e continuarmos a circular apenas com uma pessoa por carro? Ou circular a alta velocidade, aumentando o consumo numa percentagem superior à do aumento do preço do combustível? Que tal olharmos para nós antes de culpar o governo?

(...)

Que tal ser optimista e admitir que há males que vêm por bem? Desde que queiramos, obviamente!"


"Neste conflito com a Leya, a APEL tem um problema inultrapassável: a sua própria incompetência. Se a Feira do Livro que ela organiza fosse um evento absolutamente extraordinário e sempre surpreendente, era natural que as pessoas se indignassem com a chegada do Adamastor, que pede outras regras para a festa. Mas a Feira do Livro, é a Feira do Livro. Sempre a mesma. Sempre igual. A Leya não está propriamente a querer colocar uma marquise de alumínio na Torre de Belém. Está apenas a recusar misturar a sua marca com a arquitectura boçal daquele espaço. A APEL - que todos os anos embolsa alegremente 200 mil euros da câmara e milhares de euros por cada barraca - tem uma forma esquisita de brincar ao Monopólio: à medida que as editoras crescem, ela deixa-as comprar mais e mais casinhas (há editoras com cinco e seis stands), mas ai de quem se atreva a trocar as casinhas por um hotel. É uma mentalidade pequenina, pobrezinha e invejosa - e não faltam livros sobre isso."

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