sexta-feira, 13 de junho de 2008

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"Mas a verdade é que é do lado da procura que o problema é mais agudo. Os
portugueses não adquiriram hábitos de poupança e não dão valor à utilização
eficiente da energia. A permanência de um efeito de hipnose na generalidade da
população induzido por um ciclo longo de energia barata, não vai tornar fácil a
tarefa de propor novos comportamentos no trabalho e no seio das famílias
tendentes a obter reduções sensíveis dos consumos energéticos.
Por isso, este período de crise energética que vivemos e de aumento substancial de preços dos combustíveis e por arrastamento, dos bens essenciais, é uma oportunidade soberana que os poderes públicos não podem desperdiçar. Porque ao lado dos muitos impactos sociais negativos imediatos, cria o ambiente ideal para o sucesso de uma grande campanha que envolva todos os agentes públicos, do Estado, ás autarquias e ao regulador, mas também os actores do mercado a quem é de exigir a responsabilidade social inalienável de contribuir para a
sustentabilidade da energia de que, afinal, depende a qualidade de vida de todos mas também o próprio futuro dos operadores."
"Separadamente, as potências, como Alemanha, França ou Reino Unido, serão
incapazes de evitar o respectivo declínio e enfrentar os problemas da competição
política e económica internacional. Não têm escala. E a UE que existe resulta de
negociações permanentes, onde os fracos sempre tiveram voz. Será que querem que os governos deixem de negociar?"

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