Há uns tempos ouvi esta frase (que é atribuída a JFK), e parece-me uma chave de leitura pertinente nos tempos muito difíceis que correm.
Crise deve ser (logo a seguir a Freeport…) a palavra mais presente no discurso e na vida dos portugueses. Com toda a dureza que tem suposto e continuará a supor – domingo noticiava-se na RTP1 que, só na última semana, tinham sido anunciados 230 mil despedimentos em todo o mundo –, importa não perder de vista que, para além deste perigo real, a crise também comporta legitimas oportunidades. Listo algumas que me têm chegado:
- Novas oportunidades de negócio, por exemplo: em França, empresas que fornecem serviços de acompanhamento no desemprego (as pessoas podem usufruir de aconselhamento e de espaço num escritório com telefone e internet, num período da semana para facilitar a procura de emprego); na Islândia, com a desvalorização do Krona, os operadores turísticos constatam, agradados, um aumento da procura turística…
- Na linha do equilíbrio entre vida profissional e familiar, verifica-se por parte das empresas uma maior disponibilidade para aceitar situações de trabalho a tempo parcial - pelo menos para quem pode dar-se a esse luxo, esta é uma conquista desta crise…
- Correcção do preço de alguns serviços, ajustados agora a níveis de maior racionalidade, por exemplo serviços prestados por escritórios de advogados, tabelas de venda espaço publicitário, e até tarifários de ginásios…
Estou consciente das dificuldades graves que muitas pessoas atravessam já e que outras atravessarão nos próximos tempos. Mas isso não me impede de pensar que é preciso apelar à nossa resiliência, criatividade e empenho, para sermos capazes de ver (e fazer) para além do que há.
3 comentários:
Caro(a) ARB,
É com muita alegria que me revejo no espírito que quis transmitir com o seu texto.
É, sem dúvida, nestas ocasiões que nascem outras sementes, outros negócios...
Aliás, convido-o(a) a si e a todos os amigos do MEP a fazermos uma lista dirigida a desempregados(que depois poderá tornar-se num pequeno manual prático) com várias sugestões, e oportunidades de negócio. Que acha? Seria muito interessante e seria com certeza um exemplo de uma cidadania activa que quer dar a mão ao próximo... para que ninguém fique para trás.
abraço,
joão ferreira
núcleo MEP comunidades
Caro(a) ARB,
gostei to seu artigo...o outro lado de crise.
Fiquei contudo chocado com o parêntesis "(logo a seguir a Freeport…)"; creio que não se coaduna com os princípios do MEP, com os quais, em geral, me identifico.
um abraço,
RM
O item da correcção dos preços tem um laivo Bloquista tipo: "Quem tem lucros não pode despedir!"
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