quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Speranza

L´expresso - 4 de Dezembro de 2008


O MEP, como espaço renovado de intervenção política pretende sobretudo ser um meio, um caminho e um instrumento para quem sinta a obrigação/necessidade de agir no espaço público, nomeadamente através de uma estrutura partidária. Pretende despertar em cada um essa esperança – silenciosamente escondida e abafada – de que Portugal é um país que vale a pena, de que a política é um bom “meio” e de que cada um, à sua medida e no seu espaço de intervenção pública, pode fazer determinantemente a diferença. Procura, acima de tudo, mostrar que não existe apenas um direito à esperança – essencialmente passiva – mas um dever de contribuir para essa esperança – necessariamente activa.

Mas, embora pretenda e deseje muita coisa, o MEP, nesta decisiva fase de captação de militância activa, tem pautado a sua actuação por um respeito pelo tempo e pelo espaço de speranza de cada pessoa. Reconhece a importância de cada um, à sua medida e no seu tempo, descobrir o “seu” espaço no espaço público, longe das típicas pressões interesseiras, dos exibicionismos de marketing político e de promessas vãs. Em suma, para o MEP, mais importante que uma militância específica partidária é essencial uma militância societária. Se o MEP for impulsionador dessa descoberta já estará a fazer (boa) política antes mesmo de ser legitimado pelo povo.

Bernardo Cunha Ferreira

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