quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Portugal, o Mar e as suas Comunidades

Antes de mais, queria salientar o excelente vídeo realizado pelo MEP que poderão ver em http://www.mep.pt/melhorepossivel.html. Terão a oportunidade de ver o que é o MEP, o espírito MEP e porque é que um desconhecido fora do circuito político como eu, que acredita num Portugal melhor e num futro diferente, aderiu e milita no MEP.

Esse Portugal melhor passará por um melhor aproveitamento de dois recursos:
- o MAR que já trouxe prestígio e grandeza ao nosso País no passado;
- a nossa DIASPORA com quase 5 milhðes de emigrantes e luso-descendentes.

Hoje a economia do Mar representa quase 2% do nosso PIB empregando 75 000 pessoas. Mas infelizmente não se está a aproveitar ao máximo os 800 quilómetros de costa e as suas águas territoriais tal como a sua Zona Econômica Exclusiva (ZEE) de espaço marítimo onde tem prerrogativas na utilização dos recursos, tanto vivos como não-vivos, e responsabilidade na sua gestão. Hoje Portugal continental e insular tem 1.7 milhðes Km2 de ZEE e poderá com um acréscimo ter uma área total de 3 milhðes Km2, o que significaria a 10ª maior ZEE do mundo.

Segundo um estudo recente, a economia do Mar pode representar 5% do PIB até 2025 se Portugal decidir se tornar um verdadeiro actor marítimo a nível global. Penso que poderá até ter um peso ainda mais importante se houver um plano estratégico a longo prazo e um grande investimento em algumas áreas como a das energias das ondas do mar por exemplo. Temos de nos mobilizar agora e seguir as pisadas do D. Infante Henrique e do D. João II (grande projecto dos Descobrimentos).

O nosso futuro passa de novo pelo mar mas passa também pelas nossas comunidades no estrangeiro que é a 7ª maior diaspora do mundo. Mesmo longe da família e da sua terra natal, o emigrante não esquece e nunca esquecerá as suas raízes. São enviados por parte deles como prova disso qualquer coisa como 6 milhðes de euros por dia para o País. O que faz das remessas dos emigrantes uma receita significativa e uma contribuição muita importante para o crescimento e ajuda tanto nos anos de prosperidade como nos anos de crise. Para bem visualizar esse dado, as remessas dos emigrantes são a 3ª maior receita de Portugal atrás do turismo e dos fundos vindo da Europa.
Penso que podem ser actores ainda mais decisivos. Por ser um filho dessa emigração e ter quase sempre vivido fora de Portugal, já achava isso mas essa convicção ainda foi reforçada quando tive o conhecimento do sucesso duma marca de roupa criada em 2004 em França por 2 jovens luso-descendentes. A marca aposta na indústria textil portuguesa e utiliza símbolos lusitanos. Já é uma referência na comunidade lusa em França e começa a ter clientes estrangeiros. Não tiveram medo de apostar na marca Portugal. Isso vai ajudar a dar um novo impulso a essa marca que está moribunda e sem prestígio lá fora. Temos de desenvolver e ajudar outros projectos deste tipo.
As nossas comunidades podem ter um papel muitos importantes na exportação e divulgação dos nossos produtos e da nossa cultura como representantes e embaixadores de Portugal no estrangeiro. Para grande pena minha, isso não é divulgado e comunicado. Não há uma política concreta para a emigração e isso eu não percebo. Há a sensação que esses Portugueses são cidadãos de 2ª categoria. Não se pode é, ter iniciativas e propostas que tira direitos aos emigrantes como fez recentemente o PS. Está no caminho errado ao meu ver.

Temos é, de construir uma ponte forte, sustentável e duradouro entre Portugal e as suas comunidades. Deve haver uma união entre os Portugueses de dentro e fora de fronteira. Esse é o meu objectivo e o objectivo do MEP, o Partido da Esperança, e contructor de pontes.
Jorge Lourenço

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