Hoje foi divulgado um estudo sobre a eficiência do ensino superior em todos os países da união Europeia, em que revela a menor eficácia da Universidades Portuguesas.
“Os investigadores concluem que em Portugal, comparativamente, os recursos financeiros e humanos são mal aproveitados”.
À TSF, o coordenador da investigação, Miguel St. Aubyn, professor do ISEG, explica “que as razões para esta má nota do ensino superior português deve-se sobretudo à pouca produção científica dos académicos nacionais (menos publicações e menos citações do que a média europeia) e poucos estudantes a acabar o curso. Os alunos portugueses demoram muito tempo a acabar o curso e tendem a abandonar mais vezes a universidade”.
Este estudo “conclui que Portugal tem um conjunto de universidades e cursos que não correspondem às necessidades da economia, nem aos desejos do governo, são um exemplo de “ineficiência”.
Se juntarmos à ineficácia das Universidades o impacto da formação na obtenção de emprego e respectivo salário a realidade portuguesa torna-se preocupante, com mais de 70 mil desempregados com menos de 25 anos.
No blog Margensdeerro encontrei esta referencia a que "Os empregos altamente qualificados estão reservados aos indivíduos com mais educação, enquanto no que respeita ao resto do mercado de trabalho, as competências atingidas, reflectidas nos níveis de escolarização ou medidas na escala de literacia em prosa, têm pouco ou nenhum impacto na forma como os empregos bem remunerados são distribuídos", escreve-se no estudo "A Dimensão Económica da Literacia em Portugal: Uma Análise", encomendado pelo Plano Nacional de Leitura.
Torna-se urgente alterar o modelo de Ensino Superior em Portugal, tal como o MEP propunha no seu programa eleitoral – Um ensino Superior de Qualidade, assim como construir uma cultura de valorização da formação e da literacia, em vez do chico-espertismo e do desenrascanço.
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