Estou a ler os dois manifestos de economistas (e não só) mas não consigo encontrar as diferenças que dão origem aos debates e notícias. Nem os 28 são contra o investimento público, nem os 52 defendem o TGV, o novo aeroporto de Lisboa ou a terceira auto-estrada Lisboa-Porto. Vou ler melhor.
Mas não seria preferível procurarmos os pontos de acordo ou de compatibilidade entre os dois manifestos?
4 comentários:
O País anda numa grande embrulhada e ninguém parace saber o que fazer.
Não sou economista nem sei de números o suficiente para pretender dar conselhos sobre a forma de resolução da crise. Vejo com pena, que "Eles" também não.
Também penso que o investimento público poderia ajudar. Mas qual investimento? O megalómano com retorno a longo prazo ou aquele que, gerando emprego e produtividade, conseguiria aliviar e mesmo retirar do fosso a economia de empresas e famílias?
Numa palavra; por "pão na mesa de todos"!
Respeitando os subscritores do manifesto dos 28, não estarão mais preocupados com aquilo que o avançado pelo governo lhes possa retirar, do que com o futuro imediato de todos os que sofrem? E os 52! julgam-se iluminados? Da analise rápida ao texto não me parece, contudo há que tentar ver melhor e descobrir o que houver de positivo.
A grande questão é que existe uma saída, mas o egoísmo de alguns, tolhe a possibilidade de felicidade de muitos.
João Ricardo
Os manifestos, embora partindo de pontos de vista diferentes, parecem-me ambos honestos, construtivos e até com pontos comuns.
Para que servem esses manifestos? Não é óbvio que se gastam rios de dinheiro em Portugal em investimentos públicos supérfluos quando existem carências gravíssimas nas mais variadas áreas tuteladas pelo estado?
Não há cidade ou vila, por mais insignificante que seja, que não seja densamente povoada por rotundas, com obras de arte, muitas vezes, e jardins que são remodelados de tempos a tempos; aliás, é incrível a quantidade de água derperdiçada nas horas de maior calor, muitas vezes com os aspersores a regarem o asfalto! Só para dar um exemplo concreto, há alguns anos atrás, em Coimbra, procedeu-se à remodelação de inúmeras rotundas sem nenhuma razão aparente (a não ser a de gastar dinheiro público): os jardins já existentes nas rotundas foram simplesmente substituídos por outros, tendo sido acrescentadas em todas elas enormes blocos de granito!
Em contrapartida, o parque escolar está, em geral, numa situação miserável. Os investimentos são muito pontuais e receio que o actual programa do governo, sem um plano bem definido, apenas com o pretexto (louvável, é certo!) de combate à crise, venha a ser mais uma oportunidade perdida.
Um país rico, que já tenha tudo, poderá dar-se ao luxo de não definir prioridades para o seu investimento, mas num país como Portugal não é admissível que se seja tão miserável no essencial como se mostra ser faustoso no acessório.
Totalmente de acordo Carlos!
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