Conhecidos os resultados definitivos das recentes Eleições para o Parlamento Europeu e as consequentes análises dos intervenientes e comentadores mais conceituados, talvez seja oportuno repensar o "bloqueio mediático" sofrido por 8 candidaturas.
Não pretendemos avançar com um eventual discurso de vitimização, nem sequer com a estimativa do que poderia ser uma expressão eleitoral com significativas correções da distorção mediática, porque seriam sempre fruto de limitações ou expectativas pessoais. Basta realçar que à luz da lei, e da Comissão Nacional de Eleições, todas as candidaturas devem ser tratadas paritariamente.
Embora todos os partidos tenham tido os mesmos tempos de Antena e constado no Boletim de Voto (conforme o sorteio realizado); as 3 principais televisões generalistas (SIC; RTP1; TVI) noticiaram constantemente as iniciativas de campanha de 5 candidaturas (à razão de mais de um minuto) 3 vezes ou mais por dia, durante 16 dias. Em muitas edições desses espaços informativos nem sequer se abordaram,uma única iniciativa de campanha, entre todas as outras 8 candidaturas. E os raros destaques atribuídos ás iniciativas de um ou dois cabeças de lista entre esses 8 partidos, ficaram-se sempre por 30 seguntos.
Relativamente à cabeça de lista Laurinda Alves e à candidatura do MEP, destaque-se que durante os cerca de 16 dias de campanha terão sido globalmente objecto de 4 noticias televisivas, que no seu conjunto totalizaram pouco mais de 2 minutos. Acreditamos, pelo que vimos enquanto espectador especialmente atento, que 7 outras candidaturas também não tiveram maior exposição televisiva. Enquanto isso 5 candidaturas foram objecto de notícia diariamente, à razão de mais de 3 minutos por dia em cada canal, totalizando cerca de 10 minutos diarios. Se multiplicarmos 10 minutos por 16 dias podemos estimar que 5 candidaturas dispuseram de quase 3 horas de visibilidade jornalistica televisiva cada. E isto sem contar com os debates televisivos, que à excepção da Jornal da RTP2 e de uma edição do programa "Prós e Contras" da RTP1 também se restringiram a 5 participantes.
Perante este evidente "bloqueio televisivo" a oito propostas políticas entre 13 concorrentes, urge alertar para a necessidade de aprofundarmos a democracia portuguesa. Uma democracia consolidada não pode ter número clausus. E numa situação de crise acentuada e de alguma desistência cívica, mais importante se torna ouvir e analisar todas as ideias, possibilidades e contributos.
Felizmente o MEP conseguiu superar parcialmente esta penumbra... E logo na estreia eleitoral foi a sexta força política mais votada. O MEP continuará agora, com empenho e esforço ainda mais redobrado, a construir e a apresentar aos portugueses as suas propostas, porque "Melhor é Possível". O MEP está a crescer e estará cada vez mais presente em cada local de Portugal, sem descurar a forte presença na internet e redes sociais (que são um dos traços identitários do MEP).
É importante que todos estudiosos; responsáveis pelas televisões e cidadãos em geral percebam que o esforço que o MEP e outros partidos fazem por criarem alternativas políticas para Portugal contribui para o alargamento e enriquecimento da democracia portuguesa. Que é justo e democratico acabar com os "bloqueios televisivos" e aplicar a paridade entre candidaturas. Que o MEP não vai desistir de contribuir para "Construir Portugal" e aprofundar a democracia, independentemente dos obstáculos do caminho...
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Urge aprofundar a Democracia
Etiquetas:
MEP; Democracia; Media; Televisao; Paridade
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