sexta-feira, 19 de junho de 2009

Faleceu Carlos Candal (1938-2009)


Faleceu Carlos Candal, advogado e político aveirense, que se definia como "Republicano convicto, socialista humanista e democrata sem transigências".
Estive com ele em pelo menos dois debates/palestras/tertúlias sobre temas diversos. Curiosamente, o primeiro foi sobre o parlamento europeu, era eu presidente da Associação Académica da Universidade de Aveiro. Nesses tempos, ainda era possível, com a devida licença dos presentes, fumar em lugares fechados, e Candal manteve o seu charuto aceso (imagem de marca), do qual era difícil separar-se. Creio que era ou tinha acabado de ser eurodeputado, mas ia dizendo qualquer coisa como "aqui o doutor é que sabe", "diga lá ó doutor", no seu tom irónico, algo jocoso, algo truculento, que escondia, aos espíritos menos atentos ou mais frágeis, sob a rude superfície das suas tiradas, uma leal afectividade.
Já mais recentemente fomos convidados para uma tertúlia sobre a academia e as actividades dos estudantes, sobre o associativismo estudantil. Voltou a ter o charuto na boca, mas apagado, apenas para saborear, porque os tempos já não davam para veleidades.
Muito além da sua militância político-partidária, Candal colocava Aveiro em primeiro, o que lhe vale a homenagem de todos os aveirenses, independentemente das simpatias partidárias.
Fica aqui esta memória. E uma mensagem de condolências à família e ao PS Aveiro.

2 comentários:

silvina disse...

DOUTOR CANDAL NÃO MORREU, ELE ESTEVE, ESTÁ E ESTARÁ PARA SEMPRE NOS NOSSOS CORAÇÕES. É EXEMPLAR PELAS SUAS IDEIAS E,PELA FORMA CÍVICA COMO AS TRANSMITE. A SUA OBRA FALA POR SI. O PS FOI O VEÍCULO DE TRANSMISSÃO DE MUITOS VALORES DE PERSONALIDADE, SIMPATIA E CORAGEM. O CHARUTO JAMAIS SE APAGARÁ NA MINHA MEMÓRIA.

Anónimo disse...

Apesar da sua idade avançada, era suguramente um Homem às direitas.
Do que sempre lhe conheci, não dava por perdidauma luta nem se deixava levar por conversas ocas e jogos de interesse.
Defendeu sempre o seu ideal e o partido que ajudou a fundar.
A vida tenm destas coisas. Vâo-seos bos, enquanto que outros...
Não sendo de todo da mesma área política, deixo apenas a palvra que posso nesta hora. Perdeu-se um democráta.
João Ricardo Lopes - Abraveses/ Viseu