Estive activa nesta campanha eleitoral. Participei, distribuí informação sobre o MEP, falei com as pessoas. Nunca tinha feito nada assim até hoje, aos 35 anos, um emprego exigente e 3 filhos. Mas achei extremamente útil. Aprendi muito.
É mais do que não acreditar na política, o que já de si é um problema porque a nossa vida enquanto povo, quer se “sinta” quer não, assenta numa construção política, com características específicas, que, pese os seus defeitos, permite, em teoria, que sejamos nós a re-definir o rumo que nos queremos dar. É um estar desligado do país, enquanto conjunto identitário, enquanto força comum. Não se pertence. Cada um olha por si, basicamente porque não confia “neles”, que são “quem acha que está a mandar”. Por esta altura do 10 de Junho, em que se exaltam sentimentos patrióticos, eu que chego deste “banho” de desinteresse, sinto a dissonância perturbadora.
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Na mesa ao meu lado estão os meus filhos e sobrinhos a jogar jogos de estratégia: “se eu jogar esta peça, tu jogas aquela e eu perco…o melhor é antes jogar para este lado porque assim não ganhas tu…”. Soa-me muito familiar…é a jogada do “voto útil” (acho que vou patentear esta designação...).
4 comentários:
Não é necessario criar vis
oes científicas par participar na política.
A vida é um acto político e por muito que nos custe a coisa funciona assim.
Em cada atitude tamada no dia a dia é assim. O facto de tão uma vida tão preenchida, ainda realçamais a situação.
Força! Todos seremos poucos para mudar este país.
João Ricardo Lopes - Abraveses/viseu
Partilho inteiramente. E teremos de nos ajudar sempre mutuamente pois a tentação de resumir o essencial ao jogo é permanente e própria da espécie. E como no MEP não somos alienígenas... ;-)
Não somos alienígenas mas já provámos ser bons a "criar descontinuidades" :D
Eles, os MEPS, "andem" aí :-)
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