Será que vale a pena? Será que os proveitos vão ser maiores do que os custos? Infelizmente não. Se lermos atentamente os estudos sobre custos-benefícios do TGV facilmente concluímos que os proveitos do projecto só serão superiores aos custos se assumirmos a existência de impactos externos ou abrangentes extremamente dúbios ou subjectivos, tais como a diminuição do ruído. Se não levarmos em conta estes impactos externos, nenhum dos estudos do TGV apresenta benefícios superiores aos custos. Isto, obviamente, na melhor das hipóteses, pois se os custos do TGV derraparem, como quase sempre acontece em projectos desta envergadura, as contas finais serão ainda mais desastrosas.
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Para além do mais, a construção do TGV só irá aumentar ainda mais o sobreendividamento nacional, que já atingiu níveis históricos, e fará crescer a dívida pública. Deste modo, no futuro, iremos pagar mais impostos para liquidar as prestações com o TGV. No fundo, ao apostar no TGV, estamos a proceder como as famílias sobreendividadas que hipotecam a casa familiar na compra de um Jaguar com um dispendioso empréstimo bancário adicional. Ou seja, é um perfeito disparate.
A verdade é que nesta altura de dificuldades, apostar num projecto como o TGV é de uma irresponsabilidade inqualificável.
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Por todos estes motivos, é fundamental que a verdade sobre o TGV seja dita aos portugueses.
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