domingo, 20 de setembro de 2009

Para reflectir...

Que estranho regime concebe e arquitecta um intrincado sistema por uma hipocrisia pacóvia, sabendo à partida, como o sabem todos os políticos que passaram pela Administração Interna e pela Defesa, que o sistema funciona exactamente ao contrário do que a lei prevê. Onde esta cria garantias, a realidade responde com a realidade: ou seja, com as escutas. É por tudo isto que quem conhece a Administração Interna não estranha que Cavaco se sinta vigiado. E que o Procurador-Geral da República, chefe hierárquico dos acusadores públicos portugueses julgue natural o seu telemóvel ser escutado. Porque eles sabem que as coisas funcionam assim. Um antigo ministro da Administração Interna confidenciou-me um dia o seu alívio quando abandonou a pasta. "Deixei finalmente de ser seguido!" Sobre escutas e informações em Portugal, ou os políticos mudam a lei ou a regra continuará a ser simplesmente: a lei não é para aqui chamada.

Jornal i

4 comentários:

Anónimo disse...

Ando a ficar um poco agoniado com tantas historietas sobre quenm demite quem ou quem escuta quem.
Já que o autor do artigo, fala em "hipocrisia pacóvia" eu vou ainda mais longe. Chamarlhe-ia PARVOÍCE pura e dura.
Sejamos sinceros e honestos. Estamos em Portugal, onde nada acontece a quem tem poder.
Mais depressa vai para a prisão um cidadão que conduz sem carta ou rouba para comer, do que os grandes ladrões económicamente protegidos, pois que o sistema assim o exige e, se assim não fosse, cairiam por terra e seriam postas a nu as suas participações, supostamente camufladas. Alguém tem dúvida sobre isso?
Por isso, fico particularmente incomodado quando vejo assuntos como o Jornal de Sexta Feira(TVI)ou as escutas de Belém (público), serem tratadas de modo tão diferente.
Permitirmos que venham de fora as directivas de comunicações, mesmo que a pedido, ou lançar para o ar suspeita e, poucas horas depois, dar o dito por não dito e nada acontecer.
Quem proteje quem? Quem está contra quem? Que grande "palhaçada"!
Hoje é Domingo. Há tantas famílias sem ter o que comer sem esperanças... famílias para quem ser segunda ou domingo, é exactamente a mesma coisa.
Falemos do que interessa. de uma vezor todas, entremos no âmago das coisas.

Anónimo disse...

vim aqui so para dizer que estou indignado com o vosso movimento no que diz respeito à invasão e destruição de espaços públicos. Podem saber do que falo neste Post, e na respsta ao mesmo dum vosso colaborador Rui Nunes da Silva

Anónimo disse...

esqueci-me do link http://passeiolivre.blogspot.com/2009/09/o-carrinho-e-o-carrao.html

Carlos Albuquerque disse...

Caro anónimo

Parece-me que se está a confundir coisas muito distintas e a fazer acusações sem fundamento.

Expliquei melhor nos comentários ao post que refere.