Enquadrados por estes aspectos decorreu em Matosinhos uma tertúlia sobre o tema da inclusão social de ex-reclusos. Nesta questão, a indiferença e o preconceito da sociedade está muito associada à ideia de que os reclusos estão privados da liberdade porque cometeram um crime pelo qual têm de pagar não necessitando de qualquer apoio. Contrariando esta lógica meramente punitiva Cláudia Assis Teixeira (presidente da Ass. Foste Visitar-Me) lembrou que são seres humanos que precisam de ajuda. Ana Gomes (psicóloga) e Catarina Salgueiro (educadora) falaram do trabalho efectuado internamente. Ao nível da toxicodependência (2º tipo de crime mais frequente) o trabalho é efectuado sobretudo nas Unidades Livres de Drogas onde os indivíduos são sujeitos a um intenso auto-conhecimento. Por outro lado, e para quem pretenda, são promovidas as competências escolares e qualificacionais como forma de tornar a futura inclusão menos problemática. À parceria já estabelecida com o Instituto de Emprego e Formação Profissional foi sugerida a parceria com o sector empresarial para adequar a oferta formativa às necessidades existentes e assim dotar os reclusos de conhecimentos que possibilitem uma inserção via mercado de trabalho.
A prisão foi defendida como local que deve desenraizar menos garantindo uma proximidade com os contextos sociais e familiares de origem. Aqui foi defendida uma melhor e maior articulação, numa lógica de integração de serviços, entre a educação social na prisão, a reinserção social e acção social exterior.
Rui Rosas falou da importância do apoio da sua família no seu processo de recuperação, no apoio psicológico recebido, da educação que aproveitou para retomar enquanto esteve na prisão. Mas falou também da necessidade de maior humanização (são pessoas não números) de maior envolvimento dos técnicos de acompanhamento.
O sistema prisional deve internamente incluir mecanismos que facilitem o processo de reintegração e isso passa, em grande medida, pelo desenvolvimento logo à chegada de um projecto individual que deve agarrar a vontade do recluso.
Errar é humano. Não esquecer quem erra também ao olhar para o rosto do Outro na pessoa de um ex-recluso, criando condições que permitam a sua efectiva regeneração e consequentemente a restauração de laços de confiança anteriormente quebrados. Então, deve ser desígnio da sociedade dar-lhe uma segunda oportunidade. Assim estaremos a ver as pessoas de outra forma, a concretizar a Utopia.
A prisão foi defendida como local que deve desenraizar menos garantindo uma proximidade com os contextos sociais e familiares de origem. Aqui foi defendida uma melhor e maior articulação, numa lógica de integração de serviços, entre a educação social na prisão, a reinserção social e acção social exterior.
Rui Rosas falou da importância do apoio da sua família no seu processo de recuperação, no apoio psicológico recebido, da educação que aproveitou para retomar enquanto esteve na prisão. Mas falou também da necessidade de maior humanização (são pessoas não números) de maior envolvimento dos técnicos de acompanhamento.
O sistema prisional deve internamente incluir mecanismos que facilitem o processo de reintegração e isso passa, em grande medida, pelo desenvolvimento logo à chegada de um projecto individual que deve agarrar a vontade do recluso.
Errar é humano. Não esquecer quem erra também ao olhar para o rosto do Outro na pessoa de um ex-recluso, criando condições que permitam a sua efectiva regeneração e consequentemente a restauração de laços de confiança anteriormente quebrados. Então, deve ser desígnio da sociedade dar-lhe uma segunda oportunidade. Assim estaremos a ver as pessoas de outra forma, a concretizar a Utopia.
1 comentário:
A toxicodependência não é considerada um crime, ao contrário do que o texto refere.
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