"Dirijo-me hoje a vocês não como cidadão americano nem como judeu, mas como ser humano"...
A. Einstein, 1955, discurso (nunca efectuado) de homenagem ao Dia de Independência de Israel
Sir John Holmes, que foi embaixador do Reino Unido em Lisboa de 1999 a 2001 e é actualmente Sub-Secretário Geral para Assuntos Humanitários das Nações Unidas, revelou, numa entrevista televisiva, que na Faixa de Gaza existem crianças que morrem de fome sobre os cadáveres de suas mães. As condições da guerra impedem que a ajuda chegue. Qualquer ajuda.
Em Haifa a terceira maior cidade de Israel, o repórter da televisão Al Jazeera entrevista alguns cidadãos sobre a invasão israelita da Faixa de Gaza. Uma luz familiar, Mediterrânica, inunda a esplanada à beira-mar. Todos os entrevistados confirmam a legitimidade da acção militar como defesa contra os misseis do Hamas. Mas o que impressiona mais é a falta de compaixão da jovem que falando a propósito do sofrimento das crianças e suas mães, refere a diferença entre judeus e palestianos na forma como vivem o sofrimento.
Habituámo-nos a ver o mal como o resultado da intervenção de forças obscuras ou de uma reacção dos homens maus contra a bondade, mas o que vemos na televisão, o que sabemos da história do holocausto, é que o mal é o resultado do não reconhecimento de humanidade ao Outro, o não reconhecimento ao Outro do direito a ter direitos. Enquanto deste lado - do nosso lado - deixamos que a inação e a ausência de pensamento impregnem a nossa vida de lugares comuns e preconceitos.
sábado, 10 de janeiro de 2009
Guerra
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3 comentários:
O MEP começa mal porque fala e escreve muito mas faz pouco, ainda não conheço uma acção social de relevo praticada pelo MEP. Pregadores são só isso, pregadores! Vão manifestar-se em frente da embaixada ou façam algo para ajudar realmente, de outro modo mudem a palavra Movimento para Palramento.
O MEP é necessário, mas para agir!
Hannah Arendt dizia que o diálogo em esfera pública é uma forma superior de acção...
Pois o Sr. Anónimo começa pessimamente e acaba na mesmíssima: pessimamente!
Agarrar na extraordinária oportunidade de ter voz e usá-la como uma agressão meramente gratuita é pobre, ridículo e um absurdo. E pior, ainda, fá-lo escondido, sem rosto ou nome...
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