De férias, com mais tempo para mergulhar nas folhas dos jornais, já perdi a conta à quantidade de notícias que li sobre as próximas eleições em total desfoque daquilo que interessa ao país – propostas políticas. Depois dos relatos exaustivos sobre o cortejo do PS a Joana Amaral Dias, o assunto mudou para as listas apresentadas pelo PSD e as guerrilhas internas que estas provocaram no partido, mais do mesmo daquilo a que o país tem sido sujeito nos últimos 30 anos de democracia.
Como se não bastasse leio hoje, que me recorde pela quarta vez, desta feita no i, mais um grande destaque dado ao Partido Nulo - movimento lançado por um ex-político (?) e apadrinhado por Rui Zink e cujo projecto eleitoral propõe que poemas, desenhos e jogos do galo obtenham uma votação superior a 50% nas legislativas por forma a inviabilizá-las segundo a Constituição.
Tudo isto se passa no meio de uma outra polémica alimentada pela famosa directiva da ERC que procura, embora de uma forma um pouco normativa, há que reconhecer, estabelecer algum equilíbrio noticioso para suprir uma lacuna tão evidente como - pasmem-se! - em plena democracia não haver igualdade de tratamento entre candidaturas.
Como se não bastasse leio hoje, que me recorde pela quarta vez, desta feita no i, mais um grande destaque dado ao Partido Nulo - movimento lançado por um ex-político (?) e apadrinhado por Rui Zink e cujo projecto eleitoral propõe que poemas, desenhos e jogos do galo obtenham uma votação superior a 50% nas legislativas por forma a inviabilizá-las segundo a Constituição.
Tudo isto se passa no meio de uma outra polémica alimentada pela famosa directiva da ERC que procura, embora de uma forma um pouco normativa, há que reconhecer, estabelecer algum equilíbrio noticioso para suprir uma lacuna tão evidente como - pasmem-se! - em plena democracia não haver igualdade de tratamento entre candidaturas.
Entre o fantasma da censura e a justificação de falta de espaço - e de interesse - para todos os intervenientes (e seria bom que não se discutisse ao lado porque não adianta falar de espaços de opinião quando nem sequer se faz notícia das propostas políticas de todos os partidos), tudo indica que esse mesmo espaço, em vésperas de sermos chamados a dar o nosso voto esclarecido à democracia, é ocupado a dissecar à exaustão polémicas como estas e ainda sobra algum para publicitar alternativas construtivas como jogar ao galo com o boletim de voto.
Silly season ou silly media?
5 comentários:
Belíssima prosa!
Quando é que irei poder saber se o MEP é um partido de Esquerda ou de Direita???
Em resposta ao Sr.Ismael PVT, aconselho-o a ler atentamente o programa nacional do MEP (site www.mep.pt). Se conhece mesmo os programas dos partidos da Direita e dos da Esquerda, facilmente concluirá... Vá lá: faça esse exercício.
Programa do MEP (http://www.mep.pt/images/DocumentosAprovados/programa_mep_congresso.pdf); capítulo 3 - O Centro como posicionamento político.
Um abraço!
Pelo que percebi é um posicionamento muito próximo do PS, o que deveras me agrada.
Acho que estou tentado a filiar-me no MEP num futuro próximo.
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