segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Políticos

(...) Os políticos e os dirigentes são sensores?

Os políticos do passado são sobretudo megafones. Querem transmitir uma mensagem mas ouvem pouco, salvo através de focus groups. Os políticos do presente e do futuro têm de orquestrar a inteligência colectiva. Têm de saber passar por cima da redoma que os envolve, captar a imaginação e envolver os cidadãos na construção do futuro. Devem impor-se pela confiança e não pelo temor reverencial. O seu desígnio não é um conceito de justiça meramente formal, mas o desenvolvimento das capacidades (no sentido de Aymarta Sen) para que cada um atinja o seu potencial.

Fala dos políticos em geral?

Sim, não apenas dos portugueses. A capacidade de ser sensor e orquestrador está pouco desenvolvida porque a sociedade está organizada na lógica de comando e controlo. Isso verifica-se nas relações laborais e também nas relações entre representantes e representados.(...)

Diogo Vasconcelos em entrevista a Laurinda Alves, no jornal i

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