"Os trabalhadores que frequentam o programa Novas Oportunidades não estão a conseguir os seus objectivos em termos profissionais, revela um estudo da Universidade Católica. Este estudo apurou que não estão a existir benefícios imediatos na carreira profissional para os que estão integrados neste programa, que não também não está a apresentar vantagens na melhoria do local de trabalho.
Os investigadores entendem mesmo que se está a verificar um alheamento por parte das pequenas e médias empresas, um disfunção que, na opinião do coordenador deste estudo, tem de ser corrigida".
Antes de mais, é uma boa novidade ver tornados públicos os resultados de uma avaliação intercalar de um programa desta magnitude, ainda muito a tempo de melhorar o processo e os seus resultados nos próximos 2 anos.
Olhando para estes resultados em particular, assim como para o sistema de ensino na sua vertente profissional, torna-se cada vez mais evidente que é preciso abrir portas ao "cliente final", ou seja, não faz sentido conceber e desenvolver políticas de educação, a estes níveis, que não incluam as empresas.
É preciso aproximar estas iniciativas das empresas, permitindo mesmo que estas colaborem nos curricula e actividades formativas. Para que o match seja adequado e para que trabalhadores e estudantes concretizem as suas justificadas expectativas profissionais.
Ana Rita Bessa
2 comentários:
Ainda não percebi bem o que tem sido este programa.
Se o objectivo era apenas certificar as competências já existentes, então não seria possível massificá-lo.
Se o objectivo era aumentar as competências então a componente de formação teria que ser muito mais profunda do que as descrições que tenho visto.
O risco que vejo é o de se certificar quem não tem competências e daqui a muito pouco tempo os diplomas do 12.º ano perderem qualquer valor para os empregadores.
É sempre de louvar iniciativas que visem o desenvolvimento pessoal e social das populações.
Não tenho dúvidas que muitos foram os que abraçaram os referidos cursos com esse intuito. Houve concerteza empresas que encorajaram os seu colaboradores a fazê-lo com a promessa de valorização profissionale até patrimonial.
Agregada a esta iniciativa, hove a possibilidade de aquisição mais vantajosa de computadores passoais e aqui deve residir um grande parte de pessoas que apenas viram nos cursos essa possibilidade. Posso atestá-lo dado que, pela minha profissão, fiz a entraga de centenas destes equipamentos. Não acredito que cidadãos com mais de cinquenta e sessenta anos, tivessem feito curos sópra terem mais uma categoria académica. Mas sim para poderem dar aos seus netinhos um portátil. Não os condeno, já que aproveitar tal benesse não é de todo descabido.
Fica então no ar a questão da valorisação academico/profissional
No estado actual das coisas, não me parece crível que as empresas venham alguma vez a aumentar salários pelo simples facto de os seus colaboradores terem mais um diploma na mão. Sei de casso concretos onde isso não sucedeu.
Tenho também conhecimento, por conversas várias, que os referidos cursos nada tinham de complicado, resumindo-se quase sempre a apresntação de um tarbalho final (feito nos ditos pcs).
Não vou por em causa as orintações e os métodos utilizados na avaliação dos formandos. Julgo que deveria ter sido e deverá ser de futuro mais refinada.
Quanto ao termos diplomas a mais e "diplomados" a menos, enfim... estamos em Portugal!
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