a economia portuguesa deverá continuar em contracção em 2010, com uma quebra de 0,6 por cento do PIB, uma previsão mais negativa do que a avançada em Janeiro pelo BdP, que previa um ligeiro crescimento de 0,3 por cento
E, ao contrário do que nos querem fazer crer, os problemas não são só a crise internacional:
A persistência de fragilidades estruturais "como o nível de capital humano, ao funcionamento dos mercados do trabalho e à eficácia do sistema de justiça", poderão dificultar o ajustamento da economia e uma retoma que acompanhe a média da União Europeia, explica o banco central português.
Olhando com particular atenção para o Estado, verifica-se que nunca como nos próximos dois anos será tão determinante para o nosso futuro colectivo o uso criterioso e informado dos dinheiros públicos. É fundamental que os investimentos, ou sejam auto-sustentáveis no tempo e claramente reprodutíveis em termos de riqueza e/ou sejam “desligáveis” assim que a crise afrouxe, garantindo que não geram lastro a acrescentar ao já existente que tanto tem dificultado a consolidação da despesa pública.
Uma coisa temos como certa, ainda que não tão frequentemente sublinhada quanto desejável: trabalhar com profissionalismo, respeitar os empregados sabendo explorar condignamente as suas potencialidades e demais recursos, em poucas palavras, aumentar a nossa produtividade, seja no sector público, seja no privado, é a resposta mais económica, mais eficaz e mais segura para garantirmos um futuro imediato menos sombrio e perspectivas a prazo mais risonhas, seja qual for o cenário económico que venhamos de facto a enfrentar.
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