
Vai ser um debate mensal sobre as comunidades portuguesas, todos os 1ºs domingos de cada mês das 21h às 23h (hora local), ou seja das 20h às 22h hora de Lisboa.
No 1º programa (hoje, domingo 6 de Dezembro) vai ser discutido:
“Os investigadores concluem que em Portugal, comparativamente, os recursos financeiros e humanos são mal aproveitados”.
À TSF, o coordenador da investigação, Miguel St. Aubyn, professor do ISEG, explica “que as razões para esta má nota do ensino superior português deve-se sobretudo à pouca produção científica dos académicos nacionais (menos publicações e menos citações do que a média europeia) e poucos estudantes a acabar o curso. Os alunos portugueses demoram muito tempo a acabar o curso e tendem a abandonar mais vezes a universidade”.
Este estudo “conclui que Portugal tem um conjunto de universidades e cursos que não correspondem às necessidades da economia, nem aos desejos do governo, são um exemplo de “ineficiência”.
Se juntarmos à ineficácia das Universidades o impacto da formação na obtenção de emprego e respectivo salário a realidade portuguesa torna-se preocupante, com mais de 70 mil desempregados com menos de 25 anos.
No blog Margensdeerro encontrei esta referencia a que "Os empregos altamente qualificados estão reservados aos indivíduos com mais educação, enquanto no que respeita ao resto do mercado de trabalho, as competências atingidas, reflectidas nos níveis de escolarização ou medidas na escala de literacia em prosa, têm pouco ou nenhum impacto na forma como os empregos bem remunerados são distribuídos", escreve-se no estudo "A Dimensão Económica da Literacia em Portugal: Uma Análise", encomendado pelo Plano Nacional de Leitura.
As recolhas deste fim-de-semana feitas em Portugal pelos voluntários dos Bancos Alimentares Contra a Fome atingiram 2498 toneladas de alimentos, superando em 30,9 por cento as 1908 toneladas obtidas em Novembro de 2008, anunciou a organização.
“Apesar do clima de profunda crise económica, os portugueses voltaram a dar prova de grande solidariedade e mobilização”, comenta Isabel Jonet, coordenadora dos Bancos Alimentares Contra a Fome, em nota distribuída nesta madrugada à imprensa.
Em causa não está a bondade das intenções do novo código contributivo, o problema é a sobrecarga fiscal sobre o tecido mais frágil e desprotegido da sociedade portuguesa em tempos de crise tão severa, os trabalhadores a recibo verde e os pequenos negócios. Suspender a entrada em vigor do código contributivo é uma medida de bom senso e de justiça.
Armando Esteves Pereira, no Correio da Manhã (via Público on-line)
Por outras palavras: se a nossa política económica se resume a um assalto contumaz ao bolso do contribuinte, a oposição fez o favor de a interromper. Um gesto caridoso que devia obrigar o governo a puxar pela cabeça e a mudar de vida. Como? Repensando as suas despesas e a forma como atrapalha ou condiciona a livre criação de riqueza entre nós.
Infelizmente, o governo optou pela lamúria.
"O grosso da coluna está cá fora", afirmou ontem Catalina Pestana em entrevista à SIC. Segundo a ex-provedora, não chegaram à barra dos tribunais muitas pessoas que abusaram sexualmente de crianças e jovens alunos daquela instituição de ensino.
"Senti-me magoada quando houve mudança de Governo. Eu que sou assumidamente de esquerda vi um partido de esquerda ignorar o processo (Casa Pia)", disse a ex-provedora, frisando: "Nunca o ministro me perguntou pelo processo." E acrescentou: "Fiquei magoada ao ver um partido que defende valores iguais aos que eu defendo não se preocupar com aquele processo". Instada sobre se chegou a perceber a razão daquele desinteresse, exclamou: "Percebi, mas não explico"
Parece-me óbvio que há uma falta de empresários, de capitalistas. Será um problema ancestral? Vem da nossa maneira passada de viver e de gastar? Dos desperdícios? Do facto de os ricos portugueses terem vivido à sombra do Estado durante 200, 300 ou 400 anos? De o Estado ter ocupado tudo desde os Descobrimentos? Não quero ir por aí, mas o resultado é este. Há poucos empresários, poucos capitalistas com capitais, as elites são fracas e têm uma noção medíocre do serviço público. É raríssimo encontrar ricos, poderosos, famílias antigas, com um sentimento forte do contributo que podem dar à sociedade. (...)
Porque se fala tanto, há cinco ou seis anos, de um crescendo da propaganda política? Porque a vontade não é que as pessoas participem, mas que se limitem a subscrever, e passivamente. Se se quiser participação, há que respeitar as pessoas, dando-lhes conhecimento, informação e manifestando respeito pelas opiniões contrárias. Participar é isso. Quando não se quer que as pessoas participem faz-se propaganda: exigindo obediência ou impassibilidade. (...)
Estamos à beira de iniciar um percurso para a irrelevância, talvez o desaparecimento, a pobreza certamente. Duas coisas são necessárias para evitar isso. Por um lado, a consciência clara das dificuldades, a noção do endividamento e a certeza de que este caminho está errado. Por outro, a opinião pública consciente. Os poderes só receiam uma coisa: a opinião dos homens livres.
Mas será que ele acredita que é o custo da mão-de-obra que afecta o desenvolvimento do país? Foram os salários dos trabalhadores têxteis que originaram a actual crise?
Aconselho-o a ler o texto do economista João Ferreira do Amaral, publicado em Maio deste ano, no qual avisa que a descida dos salários viria a agravar a situação de muitas famílias e a criar novos desequilíbrios.
Esta opinião baseia-se no facto de que “dado o grande endividamento das famílias e das empresas, uma redução dos salários nominais iria provocar uma redução geral de preços que levaria as dívidas, em termos reais, a subirem e consequentemente a pôr em causa a solvência de muitas famílias e empresas.”
Post completo publicado em Razões de Esperança.
Este olhar optimista é também realista. Soma razão à esperança e pragmatismo ao sonho. Não se situa exclusivamente no ideal, embora lhe reconheça um lugar neste processo. Sabe que para problemas complexos, não há soluções simplistas, nem perfeitas. Que o caminho se faz de pequenos passos. Que a ciência e a técnica acrescentam sempre valor à imaginação e ao voluntarismo. Que a inteligência colectiva é sempre mais eficaz que um brilho solitário.
Era uma vez um condutor de um veículo que ia directo a um precipício mas fazia de contas que não estava a ver. A certa altura, o pendura, avisa-o. “Olha o precipício”. O condutor ignora o aviso e acelera um pouco mais. O pendura volta a avisá-lo. “Cuidado, vamos direitos a um precipício”. O condutor diz. “Sei bem o caminho. É nesta direcção”. Cada vez mais nervoso, ao ver aproximar-se o despenhadeiro, o pendura grita-lhe: “Cuidado, é um precipício”"
E é então que o condutor, já farto da conversa do pendura, põe ordem no veículo: “Bolas, não sabes dizer mais nada? Cala-ta, pá. Que catastrofista. Estás armado em Medina Carreira, ou quê?”
a capacidade de associar ideias (todo o tipo de ideias, note-se, seja em sequência ou numa lógica disruptiva); a capacidade de fazer perguntas (uma espécie de músculo mental, sobretudo quando treinado a partir da associação de ideias); a capacidade de observar (com detalhe, tempo e paciência, como se fôssemos todos antropólogos sociais); a capacidade de experimentar (aprendendo com os erros, tal como Edison, Einstein e outros); a capacidade de criar redes (a versão original do BlackBerry foi inventada numa conferência, em 87).
Todos nós já tivemos aquele aluno que, por artes mágicas e divinatórias, tem sempre o malfadado azar de aparecer em todas as confusões armadas na sala de aula e arredores. (...)
continue a ler n'A Educação do meu Umbigo
O secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (...) Mário Mendes disse que a corrupção é um problema "sério", mas que, "acima de tudo, é um problema social sério".
"Acho que é perigoso encontrar todos os remédios para a corrupção a jusante, ou seja, no aparelho judiciário", disse ainda, notando que "os remédios [contra a corrupção] têm de ser encontrados antes".
Questionado sobre eventuais medidas preventivas contra a corrupção, Mário Mendes referiu à Lusa que "é muito difícil adoptar medidas" neste domínio porque é "uma questão educacional e ética", sendo aí que o país está a "falhar redondamente".
As Previsões do Outono da Comissão Europeia mostram que a situação financeira do país se continua a degradar a um ritmo já insustentável.
(...) os direitos de saque constituídos sobre os impostos futuros (...) já devem exceder os 120% do PIB. E não há indícios de parar.
(...) isto deixa inexoravelmente inscrito no nosso futuro o aumento de impostos e/ou a redução de prestações sociais. E que, além de problemas sociais, isso tornará ainda menos atractivo investir em Portugal, agravando a espiral empobrecedora.
Espanta-me por isso que a esquerda política não tome estas preocupações como suas, porquanto a factura acabará paga, inevitavelmente, pelos mais pobres e desfavorecidos.
Gostava muito que me demonstrassem estar errado, mas sem meter fadas nem duendes.
Os portugueses vivem um bloqueio psicológico colectivo pós-eleitoral em relação à crise internacional. Quem o afirma é Rui Serôdio, psicólogo e professor da Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto.
(...) Em tempos de conhecidas dificuldades, em que só se fala da crise económica e do desemprego, em que os políticos e a política se encontram profundamente desvalorizados, em que os actos eleitorais são cada vez menos participados e mais ignorados, e em que os laços sociais, a solidariedade e o sentido da colectividade perdem força e sentido a olhos vistos, é urgente inverter esta tendência e impedir que se transforme em mais uma nova clivagem geracional.
Estas palavras são de Jorge Sampaio, na Apresentação do seu "O Meu Livro de Política", ilustrado por Tiago Albuquerque e editado pela Texto.
(...) um pequeno «conto falado» sobre a política, declinado no modo autobiográfico, num estilo coloquial, destinado a jovens dos 8 aos 14 anos.
e que Jorge Sampaio escreveu
(...) Por dever cívico. Porque quis partilhar com os mais novos uma experiência de vida - a minha - toda dedicada à causa pública; porque lhes quis transmitir uma convicção - a de que a política vale a pena; e, por último, porque os quis despertar para a cidadania, que é onde tudo começa.
Mas não se pense que se destina apenas aos mais jovens
(...) ao fazê-lo, num propósito certo de pedagogia democrática, não é só a este público que me dirijo, pois gostaria também de poder contar, entre os meus leitores, com os seus pais, esse grupo de cidadãos que, provavelmente, no 25 de Abril de 1974, teria aproximadamente a idade que os seus filhos têm hoje (...).
Um dos aspectos de que mais gostei neste livro foi a pedagogia democrática feita com as memórias de quem viveu sob a ditadura anterior a 1974. Quem tem consciência do que foram esses tempos pode não só apreciar a democracia em que vivemos - mesmo com as suas imperfeições - como pode ter consciência da necessidade de proteger a democracia e a liberdade com uma cidadania activa.
Considerando que:
creio que ambas as medidas deveriam ser suspensas.
Penso que, já que o PS e o governo continuam cristalizados neste assunto, a ideia de uma união positiva da oposição quanto a estes aspectos seria muito boa, quer para a educação quer para o ambiente político no país.
O processo Face Oculta deu-me, finalmente, resposta à pergunta que fiz ao ministro da Presidência Pedro Silva Pereira - se no sector do Estado que lhe estava confiado havia ambiente para trocas de favores por dinheiro. Pedro Silva Pereira respondeu-me na altura que a minha pergunta era insultuosa.
Agora, o despacho judicial que descreve a rede de corrupção que abrange o mundo da sucata, executivos da alta finança e agentes do Estado, responde-me ao que Silva Pereira fugiu: Que sim. Havia esse ambiente. (...)
O país tem de saber de tudo porque por cada sucateiro que dá um Mercedes topo de gama a um agente do Estado há 50 famílias desempregadas. É dinheiro público que paga concursos viciados, subornos e sinecuras. Com a lentidão da Justiça e a panóplia de artifícios dilatórios à disposição dos advogados, os silêncios dão aos criminosos tempo. Tempo para que os delitos caiam no esquecimento e a prática de crimes na habituação.
Foi para isso que o primeiro-ministro contribuiu quando, questionado sobre a Face Oculta, respondeu: "O Senhor jornalista devia saber que eu não comento processos judiciais em curso (…)". O "Senhor jornalista" provavelmente já sabia, mas se calhar julgava que Sócrates tinha mudado neste mandato. Armando Vara é seu camarada de partido, seu amigo, foi seu colega de governo e seu companheiro de carteira nessa escola de saber que era a Universidade Independente. Licenciaram-se os dois nas ciências lá disponíveis quase na mesma altura.
Mas sobretudo, Vara geria (de facto ainda gere) milhões em dinheiros públicos. Por esses, Sócrates tem de responder. Tal como tem de responder pelos valores do património nacional que lhe foram e ainda estão confiados e que à força de milhões de libras esterlinas podem ter sido lesados no Freeport.
Face ao que (felizmente) já se sabe sobre as redes de corrupção em Portugal, um chefe de Governo não se pode refugiar no "no comment" a que a Justiça supostamente o obriga, porque a Justiça não o obriga a nada disso. Pelo contrário. Exige-lhe que fale. Que diga que estas práticas não podem ser toleradas e que dê conta do que está a fazer para lhes pôr um fim. Declarações idênticas de não-comentário têm sido produzidas pelo presidente Cavaco Silva sobre o Freeport, sobre Lopes da Mota, sobre o BPN, sobre a SLN, sobre Dias Loureiro, sobre Oliveira Costa e tudo o mais que tem lançado dúvidas sobre a lisura da nossa vida pública. Estes silêncios que variam entre o ameaçador, o irónico e o cínico, estão a dar ao país uma mensagem clara: os agentes do Estado protegem-se uns aos outros com silêncios cúmplices (...).
Lida cá fora a mensagem traduz-se na simplicidade brutal do mais interiorizado conceito em Portugal: nos grandes ninguém toca.
Para a esquerda, a justiça social implica maior igualdade de oportunidades e redução das desigualdades sociais medidas pelo índice de Gini. A direita não pensa exactamente da mesma forma. Esta considera que é importante promover a igualdade de oportunidades, mas não costuma prestar grande atenção à diminuição das desigualdades sociais (apenas à assistência aos muito pobres - o que é diferente). Para a direita, a igualdade de oportunidades é importante, mas não a igualdade de resultados. (...)
Mas será que pode existir uma verdadeira igualdade de oportunidades numa sociedade que seja profundamente desigual em termos de rendimento e riqueza?
O novo Governo deverá reforçar a aposta no projecto nacional de alta velocidade ferroviária, alargando-o das actuais três linhas prioritárias - Lisboa-Madrid, Lisboa-Porto e Porto-Vigo - para um total de cinco, passando a considerar como essenciais as ligações Aveiro-Salamanca e Évora-Faro-Huelva.
É essa a intenção de José Sócrates. O anterior ministro das Obras Públicas, Mário Lino, fez divulgar, na semana passada, um documento de balanço do seu mandato à frente do ministério, em que estas duas linhas são inscritas e detalhadas no conjunto da rede de alta velocidade prevista para Portugal.
O aumento de propinas levou ao afastamento de alunos de famílias com baixos rendimentos. De 1995 a 2005, período em que foi introduzido o modelo de propinas nas universidades, o ensino superior ficou mais elitista. Foi esta a conclusão apresentada por Belmiro Cabrito na sua intervenção no FES 2009, conferência dedicada ao financiamento superior organizada pela Universidade de Lisboa (UL). (...)
No Económico, via Ladrões de Bicicletas
(...) A gestão bem sucedida da propriedade comum depende da confiança e pode por sua vez ajudar a cultivá-la, superando assim a tragédia dos comuns, esse abuso desencadeado pelo somatório dos egoísmos desconfiados. (...)
João Rodrigues, no jornal i
(...) Os políticos e os dirigentes são sensores?
Os políticos do passado são sobretudo megafones. Querem transmitir uma mensagem mas ouvem pouco, salvo através de focus groups. Os políticos do presente e do futuro têm de orquestrar a inteligência colectiva. Têm de saber passar por cima da redoma que os envolve, captar a imaginação e envolver os cidadãos na construção do futuro. Devem impor-se pela confiança e não pelo temor reverencial. O seu desígnio não é um conceito de justiça meramente formal, mas o desenvolvimento das capacidades (no sentido de Aymarta Sen) para que cada um atinja o seu potencial.
Fala dos políticos em geral?
Sim, não apenas dos portugueses. A capacidade de ser sensor e orquestrador está pouco desenvolvida porque a sociedade está organizada na lógica de comando e controlo. Isso verifica-se nas relações laborais e também nas relações entre representantes e representados.(...)
Diogo Vasconcelos em entrevista a Laurinda Alves, no jornal i
A política, na sua verdadeira acepção, representa uma missão de serviço ao bem comum, entendido este como sinónimo da realização plena de todos os Homens e do Homem todo, atendendo, em primeiro lugar, aos mais desfavorecidos. A política é, por isso, uma das mais nobres formas de luta pela justiça social.
Ultimamente temos olhado para a economia apenas do ponto de vista do ritmo do crescimento, esquecendo-nos de pensar o que está crescendo, e para quem. Ou então, proclamando uma falsa objetividade, nos limitamos a elaborar modelos que permitam prever se o dólar vai subir ou baixar, ou se a última bomba no Iraque vai afetar o preço do petróleo. Temos de resgatar aqui um ponto evidente: a economia é um meio, que deve servir para o desenvolvimento equilibrado da humanidade, ajudando-nos, como ciência, a selecionar as soluções mais positivas, a evitar os impasses mais perigosos.
No século XX as coisas pareciam mais simples. Fossemos de direita ou de esquerda, havia um “caminho” relativamente reto, avenidas teóricas que bastava trilhar. Na esquerda, o caminho seria a estatização dos meios de produção, o planejamento central e uma classe redentora, o proletariado. Na direita, outro caminho reto, com privatização, mecanismos de mercado e outra classe redentora, a burguesia. Definiam-se assim, simetricamente, o marco institucional da propriedade, o mecanismo dominante de regulação e a base social do poder. Frente à sociedade complexa que enfrentamos, estes modelos murcharam. O estatismo de esquerda saiu simplesmente do horizonte, ainda que o movimento pendular para a direita tenha fragilizado o Estado de maneira preocupante, gerando tendências caóticas crescentes. E a visão privatista da direita, resumida no equivalente capitalista do Pequeno Livro Vermelho, o Consenso de Washington, se mantém não por credibilidade teórica, mas por servir interesses dominantes.
Esteja a vontade para enviar um email com os seus comentários para os endereços electrónicos:
MEP.europa@gmail.com (Europa) ou MEP.fora.da.europa@gmail.com (Fora da Europa)
Pode também consultar o site do MEP Comunidades em: http://www.mepcomunidades.pt.vu/
Que estranho regime concebe e arquitecta um intrincado sistema por uma hipocrisia pacóvia, sabendo à partida, como o sabem todos os políticos que passaram pela Administração Interna e pela Defesa, que o sistema funciona exactamente ao contrário do que a lei prevê. Onde esta cria garantias, a realidade responde com a realidade: ou seja, com as escutas. É por tudo isto que quem conhece a Administração Interna não estranha que Cavaco se sinta vigiado. E que o Procurador-Geral da República, chefe hierárquico dos acusadores públicos portugueses julgue natural o seu telemóvel ser escutado. Porque eles sabem que as coisas funcionam assim. Um antigo ministro da Administração Interna confidenciou-me um dia o seu alívio quando abandonou a pasta. "Deixei finalmente de ser seguido!" Sobre escutas e informações em Portugal, ou os políticos mudam a lei ou a regra continuará a ser simplesmente: a lei não é para aqui chamada.
Os portugueses gostam de entreter-se com cenários catastróficos, que dão jeito para dramatizar e assim convencer o maior número possível de pessoas a agir condicionado. (continue a ler)
Raquel Abecasis, RR